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27/04/2002 - 08h24

Queda de preços afeta resultado das exportações

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CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A queda de 13,7% nas exportações no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2001 foi resultado, principalmente, de uma combinação de quatro fatores provocados pela crise econômica: redução de preço de todos os produtos exportados pelo Brasil, atraso nos embarques de soja, colapso na Argentina e retração nas vendas da Embraer, principal empresa exportadora.

Todos os principais mercados compraram menos do Brasil até março. Para os Estados Unidos, a queda foi de 5,3%, para a União Européia, de 17,4%, para a Argentina, de 68,9% e para a Europa Oriental, de 22,6%.

O Brasil ganhou mercados menos expressivos ou que ainda consomem poucos produtos brasileiros. As vendas para a Ásia aumentaram 2,8%, para a África, 37,2%, para o Oriente Médio, 15,4% e para a Aladi (México e América do Sul, menos Mercosul), 12,5%.

Com uma queda ainda maior nas importações, de 24,93% no trimestre, o saldo de janeiro a março ficou positivo em US$ 1,027 bilhão. Até a semana passada o superávit no ano estava em US$ 1,165 bilhão.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Lytha Spíndola, todas as categorias de produtos exportados pelo Brasil sofreram redução de preço desde o início do ano. Os produtos básicos ficaram 11,1% mais baratos, os semimanufaturados, 12,4% e os manufaturados, 6,6%.

A Embraer, que responde por mais de 4% das vendas brasileiras, exportou 24% a menos do que no primeiro trimestre de 2001. O esgotamento do mercado de jatos médios e a crise no setor depois dos atentados de 11 setembro são as principais razões da redução.

Segundo Lytha, exportadores de soja estão atrasando o embarque porque esperam a recuperação do preço e contam com desvalorização do real nas próximas semanas. As exportações de soja caíram 32% no primeiro trimestre, e o preço diminuiu 6%.
 

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