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30/07/2002 - 13h43

Entenda a crise no Uruguai

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da Folha Online

A economia uruguaia foi a mais afetada pela crise argentina. Parceira no Mercosul, a Argentina era a principal compradora dos produtos uruguaios que ficaram sem ter para onde escoar após a desvalorização do peso argentino, além da procura pelo Turismo no Uruguai, que caiu expressivamente.

O Uruguai mantinha sua moeda em um sistema de bandas em relação ao dólar, o que deixava seus produtos caros diante do reduzido poder de compra dos empresários argentinos depois da desvalorização.

Diante desse cenário, o governo foi obrigado a adotar o regime de flutuação a partir de 26 de junho. A medida enfrentou muita rejeição. O principal temor era que, com a livre flutuação, a inflação disparasse.

O país, que tem uma economia amplamente dependente de bancos, turismo e agricultura, já sofria o efeito da fuga de depósitos e da queda no consumo. Nos seis primeiros meses de 2002, o sistema financeiro uruguaio perdeu US$ 4,476 bilhões, segundo dados do Banco Central do país.

No final de junho, o temor do contágio das crises argentina e brasileira fez com que o Uruguai aumentasse a projeção de queda do PIB (Produto Interno Bruto) para 7% em 2002, levando o país para o quarto ano de recessão.

A crise, que até então era apenas econômica, tomou proporções mais graves com o pedido de demissão do ministro da Economia, Alberto Bensión, em 23 de julho. A pasta foi assumida pelo senador do governista Partido Colorado do Uruguai, Alejandro Atchugarry.

Após essas turbulências, foi a vez das agências de risco entrarem em cena. A S&P rebaixou em dois níveis a nota da dívida soberana do Uruguai em divisas e em moeda local no dia 26 de julho.

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