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20/08/2002
-
08h37
da Folha de S.Paulo
Se a queda do preço do gás de cozinha na refinaria for toda repassada ao consumidor, como prometem revendedores e distribuidores, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) cairá 0,22 ponto percentual.
A queda na taxa será diluída entre este mês e setembro. Segundo a economista Eulina Nunes dos Santos, do IBGE, o recuo será mais sentido em setembro, pois a diminuição do preço na refinaria aconteceu mais perto do fim do mês.
Também será, diz ela, compensada, em parte, por um resquício do reajuste do gás do dia 5 de julho -de 6,2% nas refinarias. Cerca de 2% da alta -ou 0,03 ponto- ainda não foi incorporada ao IPCA. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) determinou que a partir de ontem o GLP fosse vendido pela Petrobras 12,4% mais barato.
Luiz Affonso Lima, economista do BBV, prevê IPCA de 0,60% neste mês. Para setembro, estima 0,40%. Ambas as previsões já consideram a queda do gás. Antes, ele estimava taxas de 0,70% e de 0,50%, respectivamente.
O economista espera que o repasse ao consumidor seja só de 80%. "Uma parte da redução [na refinaria" ficará como reposição de margem, como forma de compensar as distribuidoras, que não repassaram integralmente os últimos aumentos", afirmou Lima.
O diretor do Sindigás (sindicato das distribuidoras) Agostinho Simões afirmou que desde ontem, quando as distribuidoras já pagaram menos pelo GLP, o gás é vendido mais barato para o consumidor. Reafirmou que o repasse da queda na refinaria será integral.
Apesar da promessa do Sindigás, a margem de lucro das distribuidoras subiu em algumas regiões na semana passada, quando a ANP decidiu baixar o preço da Petrobras. A alta chegou a 20,86% no Rio, com a margem de lucro de R$ 5,62 por botijão, segundo a ANP. Na média do país, houve queda de 1,89%.
No caso das revendas, a margem caiu 26,72% no Rio -para R$ 3,73. Na média, a redução foi de 10,62% -R$ 3,62. O preço médio final do gás recuou de R$ 26,08 para R$ 25,51 na semana passada (menos 2,19%).
O presidente da Fergás (entidade dos revendedores), Álvaro Chagas, disse que até agora as distribuidoras não sinalizaram em quanto o preço cairá nem se o repasse será total. Por isso, afirma, não têm como estimar a redução no preço final do gás.
Até julho, o gás já subiu 38,26% no IPCA e teve o segundo maior impacto negativo sobre a inflação.
Se queda do gás for repassada ao consumidor, inflação será menor
PEDRO SOARESda Folha de S.Paulo
Se a queda do preço do gás de cozinha na refinaria for toda repassada ao consumidor, como prometem revendedores e distribuidores, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor - Amplo) cairá 0,22 ponto percentual.
A queda na taxa será diluída entre este mês e setembro. Segundo a economista Eulina Nunes dos Santos, do IBGE, o recuo será mais sentido em setembro, pois a diminuição do preço na refinaria aconteceu mais perto do fim do mês.
Também será, diz ela, compensada, em parte, por um resquício do reajuste do gás do dia 5 de julho -de 6,2% nas refinarias. Cerca de 2% da alta -ou 0,03 ponto- ainda não foi incorporada ao IPCA. A ANP (Agência Nacional do Petróleo) determinou que a partir de ontem o GLP fosse vendido pela Petrobras 12,4% mais barato.
Luiz Affonso Lima, economista do BBV, prevê IPCA de 0,60% neste mês. Para setembro, estima 0,40%. Ambas as previsões já consideram a queda do gás. Antes, ele estimava taxas de 0,70% e de 0,50%, respectivamente.
O economista espera que o repasse ao consumidor seja só de 80%. "Uma parte da redução [na refinaria" ficará como reposição de margem, como forma de compensar as distribuidoras, que não repassaram integralmente os últimos aumentos", afirmou Lima.
O diretor do Sindigás (sindicato das distribuidoras) Agostinho Simões afirmou que desde ontem, quando as distribuidoras já pagaram menos pelo GLP, o gás é vendido mais barato para o consumidor. Reafirmou que o repasse da queda na refinaria será integral.
Apesar da promessa do Sindigás, a margem de lucro das distribuidoras subiu em algumas regiões na semana passada, quando a ANP decidiu baixar o preço da Petrobras. A alta chegou a 20,86% no Rio, com a margem de lucro de R$ 5,62 por botijão, segundo a ANP. Na média do país, houve queda de 1,89%.
No caso das revendas, a margem caiu 26,72% no Rio -para R$ 3,73. Na média, a redução foi de 10,62% -R$ 3,62. O preço médio final do gás recuou de R$ 26,08 para R$ 25,51 na semana passada (menos 2,19%).
O presidente da Fergás (entidade dos revendedores), Álvaro Chagas, disse que até agora as distribuidoras não sinalizaram em quanto o preço cairá nem se o repasse será total. Por isso, afirma, não têm como estimar a redução no preço final do gás.
Até julho, o gás já subiu 38,26% no IPCA e teve o segundo maior impacto negativo sobre a inflação.
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