Publicidade
Publicidade
20/08/2002
-
15h13
da Folha Online
Uma pesquisa da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) a partir das projeções de economistas de 61 instituições financeiras mostrou que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro este ano ficará abaixo de 2%, a inflação vai estourar o teto da meta estabelecida pelo governo, o dólar cairá para R$ 2,77 até o fim de dezembro e os juros básicos sofrerão redução de 1 ponto percentual nos próximos quatro meses.
Os bancos prevêem, na média, crescimento de 1,83% do PIB para este ano e de 2,91% para 2003.
Em 2002, a agropecuária deve ser o setor de maior crescimento, projetam os bancos, com um avanço de 3,24% em seu PIB, seguida pelo setor de Serviços, com alta de 2,06%. Já a Indústria apresentaria o menor crescimento dos três, com um aumento do PIB de 1,56%.
Enquanto isso, o dólar, que hoje vale R$ 3,09, deve ser vendido, segundo as projeções, a R$ 2,77 no fim de dezembro, época em que o risco-país brasileiro, hoje a 1.994 pontos, deve estar a 1.262 pontos. No fim de 2003, a projeção para o dólar é de R$ 2,90.
Por causa dessa alta do dólar, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor amplo, do IBGE), por sua vez, deve estourar o teto da meta estabelecido pelo acordo enter o governo e o FMI (Fundo Monetário Internacional), de 5,5% para este ano, chegando a 6,17%. Até julho, a inflação pelo IPCA acumulou alta de 4,17%. Para o ano que vem, os bancos esperam que a meta seja cumprida e o IPCA fique em 5,09%.
Mas além da maior inflação, a alta do dólar também fez crescer as projeções para a balança comercial. Neste ano, o saldo seria de US$ 5,58 bilhões, com US$ 50,15 bilhões em importações e US$ 55,15 bilhões em exportações, e em 2003, de US$ 6,93 bilhões.
Às vésperas de um novo anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre os juros, que ocorre amanhã, os bancos prevêem que a taxa básica do país, a Selic, usada em empréstimos interbancários de um dia, termine o ano em 17% (16,94% pela média), um ponto abaixo dos atuais 18% ao ano. A expectativa é que em 2003 a taxa caia mais dois pontos, chegando em dezembro a 15% ao ano.
O resultado primário deste ano deve corresponder a 3,71% do PIB. Já o saldo das transações correntes deve ser deficitário este ano em 3,84% do PIB, ou US$ 19,27 bilhões, com investimentos diretos de US$ 16,91 bilhões até o fim do ano.
As reservas internacionais do país devem ser de US$ 33,08 bilhões de dólares.
Segundo o economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster, a interpretação da pesquisa mostra que os problemas da economia brasileira são "conjunturais e superáveis, com boas perspectivas de médio e longo prazo''.
Participaram da pesquisa os seguintes bancos: ABC Brasil; ABN Amro Real; Alfa de Investimentos; Arbi; Banco de Brasília; Banco do Brasil; Banco do Nordeste do Brasil; Bancoob; Banif Primus; Bank of America; BankBoston; Banrisul; Bansicredi; Barclays Capital; BBA; BBA de Investimento; BBM; BBV; BMG; BNL do Brasil; Bradesco; Brascan; Cacique; Caixa Econômica Federal; Cargill; Citibank; Credit Suisse First Boston; Daycoval; Dibens; Dresdner Bank; Brasil; Emblema; Fator; Fibra; HSBC; Industrial do Brasil; ING Bank; Inter American Express; Intercap; Itaú; Lloyds TSB; Mercantil do Brasil; Merrill Lynch; Multistock; Nossa Caixa; Opportunity; Paulista; Pine; Safra; Santander Banespa; Santos; Schahin; Societe Generale Brasil; Sofisa; Sumitomo Mitusui Brasileiro; Tokio Mitsubishi Brasil; Triângulo; UAM; Unibanco; Union-Brasil; WestLB e Zogbi.
Bancos prevêem que dólar valerá R$ 2,77 no fim do ano
LUCIANA COELHOda Folha Online
Uma pesquisa da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos) a partir das projeções de economistas de 61 instituições financeiras mostrou que o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro este ano ficará abaixo de 2%, a inflação vai estourar o teto da meta estabelecida pelo governo, o dólar cairá para R$ 2,77 até o fim de dezembro e os juros básicos sofrerão redução de 1 ponto percentual nos próximos quatro meses.
Os bancos prevêem, na média, crescimento de 1,83% do PIB para este ano e de 2,91% para 2003.
Em 2002, a agropecuária deve ser o setor de maior crescimento, projetam os bancos, com um avanço de 3,24% em seu PIB, seguida pelo setor de Serviços, com alta de 2,06%. Já a Indústria apresentaria o menor crescimento dos três, com um aumento do PIB de 1,56%.
Enquanto isso, o dólar, que hoje vale R$ 3,09, deve ser vendido, segundo as projeções, a R$ 2,77 no fim de dezembro, época em que o risco-país brasileiro, hoje a 1.994 pontos, deve estar a 1.262 pontos. No fim de 2003, a projeção para o dólar é de R$ 2,90.
Por causa dessa alta do dólar, a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor amplo, do IBGE), por sua vez, deve estourar o teto da meta estabelecido pelo acordo enter o governo e o FMI (Fundo Monetário Internacional), de 5,5% para este ano, chegando a 6,17%. Até julho, a inflação pelo IPCA acumulou alta de 4,17%. Para o ano que vem, os bancos esperam que a meta seja cumprida e o IPCA fique em 5,09%.
Mas além da maior inflação, a alta do dólar também fez crescer as projeções para a balança comercial. Neste ano, o saldo seria de US$ 5,58 bilhões, com US$ 50,15 bilhões em importações e US$ 55,15 bilhões em exportações, e em 2003, de US$ 6,93 bilhões.
Às vésperas de um novo anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) sobre os juros, que ocorre amanhã, os bancos prevêem que a taxa básica do país, a Selic, usada em empréstimos interbancários de um dia, termine o ano em 17% (16,94% pela média), um ponto abaixo dos atuais 18% ao ano. A expectativa é que em 2003 a taxa caia mais dois pontos, chegando em dezembro a 15% ao ano.
O resultado primário deste ano deve corresponder a 3,71% do PIB. Já o saldo das transações correntes deve ser deficitário este ano em 3,84% do PIB, ou US$ 19,27 bilhões, com investimentos diretos de US$ 16,91 bilhões até o fim do ano.
As reservas internacionais do país devem ser de US$ 33,08 bilhões de dólares.
Segundo o economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster, a interpretação da pesquisa mostra que os problemas da economia brasileira são "conjunturais e superáveis, com boas perspectivas de médio e longo prazo''.
Participaram da pesquisa os seguintes bancos: ABC Brasil; ABN Amro Real; Alfa de Investimentos; Arbi; Banco de Brasília; Banco do Brasil; Banco do Nordeste do Brasil; Bancoob; Banif Primus; Bank of America; BankBoston; Banrisul; Bansicredi; Barclays Capital; BBA; BBA de Investimento; BBM; BBV; BMG; BNL do Brasil; Bradesco; Brascan; Cacique; Caixa Econômica Federal; Cargill; Citibank; Credit Suisse First Boston; Daycoval; Dibens; Dresdner Bank; Brasil; Emblema; Fator; Fibra; HSBC; Industrial do Brasil; ING Bank; Inter American Express; Intercap; Itaú; Lloyds TSB; Mercantil do Brasil; Merrill Lynch; Multistock; Nossa Caixa; Opportunity; Paulista; Pine; Safra; Santander Banespa; Santos; Schahin; Societe Generale Brasil; Sofisa; Sumitomo Mitusui Brasileiro; Tokio Mitsubishi Brasil; Triângulo; UAM; Unibanco; Union-Brasil; WestLB e Zogbi.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice