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20/08/2002
-
17h13
da Folha Online
O Banco Central poderá reduzir a taxa básica de juros (Selic) em até 0,25 ponto percentual, para 17,75% ao ano, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que termina amanhã à tarde.
A expectativa é dos economistas do Bank of America e vai contra o consenso do mercado, que acredita em manutenção da taxa Selic nos atuais 18% ao ano.
Em relatório divulgado aos clientes, o banco justifica a aposta no corte com a projeção da inflação para o próximo ano, que ainda está abaixo da meta acertada com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Apesar de considerar a possibilidade de um corte nos juros, os economistas do banco não descartam totalmente a possibilidade de o BC optar pela manutenção da taxa.
O motivo é o nervosismo do mercado financeiro das últimas semanas e as incertezas sobre o rumo da inflação no curto prazo já que as fortes oscilações da taxa de câmbio têm impacto nos principais indicadores de inflação.
Mesmo assim, o Bank of America afirma que o mesmo sentimento de temor com as turbulências foi o que surpreendeu o mercado na última reunião do Copom, realizada nos dias 16 e 17 de julho, quando o BC cortou os juros em 0,50 ponto percentual, para os atuais 18% ao ano.
Na época, a redução da taxa superou as expectativas do mercado, que esperava pela manutenção dos juros justamente por causa do nervosismo no mercado de câmbio, provocado pelas incertezas do cenário político na época.
Turbulências
É justamente o nervosismo do mercado que faz com que os demais bancos esperem a manutenção dos juros. Os analistas afirmam que a alta do dólar e o constante elevação da taxa de risco-país influenciarão uma decisão mais conservadora do BC.
Na última reunião do Copom, a cotação do dólar estava em R$ 2,87, enquanto nos últimos dias ela tem se mantido acima de R$ 3. Além disso, o risco-país, que mede a desconfiança do mercado no Brasil, estava em 1.500 pontos e agora gira em torno dos 2.000 pontos.
Banco americano vai contra consenso e acredita em corte dos juros
ELAINE COTTAda Folha Online
O Banco Central poderá reduzir a taxa básica de juros (Selic) em até 0,25 ponto percentual, para 17,75% ao ano, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que termina amanhã à tarde.
A expectativa é dos economistas do Bank of America e vai contra o consenso do mercado, que acredita em manutenção da taxa Selic nos atuais 18% ao ano.
Em relatório divulgado aos clientes, o banco justifica a aposta no corte com a projeção da inflação para o próximo ano, que ainda está abaixo da meta acertada com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
Apesar de considerar a possibilidade de um corte nos juros, os economistas do banco não descartam totalmente a possibilidade de o BC optar pela manutenção da taxa.
O motivo é o nervosismo do mercado financeiro das últimas semanas e as incertezas sobre o rumo da inflação no curto prazo já que as fortes oscilações da taxa de câmbio têm impacto nos principais indicadores de inflação.
Mesmo assim, o Bank of America afirma que o mesmo sentimento de temor com as turbulências foi o que surpreendeu o mercado na última reunião do Copom, realizada nos dias 16 e 17 de julho, quando o BC cortou os juros em 0,50 ponto percentual, para os atuais 18% ao ano.
Na época, a redução da taxa superou as expectativas do mercado, que esperava pela manutenção dos juros justamente por causa do nervosismo no mercado de câmbio, provocado pelas incertezas do cenário político na época.
Turbulências
É justamente o nervosismo do mercado que faz com que os demais bancos esperem a manutenção dos juros. Os analistas afirmam que a alta do dólar e o constante elevação da taxa de risco-país influenciarão uma decisão mais conservadora do BC.
Na última reunião do Copom, a cotação do dólar estava em R$ 2,87, enquanto nos últimos dias ela tem se mantido acima de R$ 3. Além disso, o risco-país, que mede a desconfiança do mercado no Brasil, estava em 1.500 pontos e agora gira em torno dos 2.000 pontos.
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