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20/08/2002
-
17h41
da Folha Online
Os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso foram "catastróficos" para a Bovespa, que completa na próxima sexta-feira 112 anos de fundação. A opinião é do ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Eduardo Rocha Azevedo, dono da corretora Convenção.
Ele diz que, nesse período, só existiram desestímulos aos investimentos em ações no país -- como as altas taxas de juros, a elevada carga tributária e as facilidades para negociar ações brasileiras em Nova York. O fundador da BM&F cita ainda os efeitos negativos do programa de privatização.
"A Lei Kandir rasgou os direitos dos acionistas minoritários, porque não interessava ao governo e aos interessados nos leilões que fossem dadas as mesmas condições para os minoritários nas vendas das estatais", afirma.
Azevedo diz que a aprovação da isenção da CPMF (imposto do cheque) só foi conseguida após a pressão do mercado no Congresso, depois de muitos anos de "luta do mercado".
Para o fundador da BM&F, o atual governo não criou condições para o crescimento de uma poupança interna, que estimulasse o investidor a comprar ações.
"Operar em Nova York com ação brasileira ficou mais barato do que em São Paulo", afirma.
Leia mais:
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SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
Os oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso foram "catastróficos" para a Bovespa, que completa na próxima sexta-feira 112 anos de fundação. A opinião é do ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Eduardo Rocha Azevedo, dono da corretora Convenção.
"A Lei Kandir rasgou os direitos dos acionistas minoritários, porque não interessava ao governo e aos interessados nos leilões que fossem dadas as mesmas condições para os minoritários nas vendas das estatais", afirma.
Azevedo diz que a aprovação da isenção da CPMF (imposto do cheque) só foi conseguida após a pressão do mercado no Congresso, depois de muitos anos de "luta do mercado".
Para o fundador da BM&F, o atual governo não criou condições para o crescimento de uma poupança interna, que estimulasse o investidor a comprar ações.
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