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20/08/2002
-
18h04
da Folha Online
O ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Eduardo Rocha Azevedo, dono da corretora Convenção, não tem interesse de voltar a ser presidente da Bolsa paulista, que completa 112 anos na próxima sexta-feira.
Azevedo foi presidente da Bovespa por duas gestões (1982-86 e 1987-90).
A Convenção ainda é membro da Bovespa. A corretora tem títulos patrimoniais da Bolsa de Santos, que foi incorporada pela Bolsa paulista. Essa carta não permite, no entanto, à Convenção operar no pregão da Bovespa.
Azevedo diz que aprova a gestão do atual presidente Raymundo Magliano Filho, e que não se acanha de encaminhar suas críticas diretamente.
Para Azevedo, a Bovespa deveria ter uma gestão mais empresarial, prestando contas e tendo um comportamento mais agressivo no mercado.
Ele diz que as forças que buscam tirar do papel o Novo Mercado e o Plano Diretor para o mercado de capitais deveriam se unir.
Dentro da Bovespa, há alas políticas, identificadas por representantes do mercado como Magliano, o presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Manoel Félix Cintra, Alvaro Augusto Vidigal e Homero Amaral, da corretora Socopa.
Azevedo condena a idéia de fusão entre Bovespa e BM&F. Ele acha que são Bolsas com naturezas, públicos e importâncias distintas.
"Se houver uma fusão entre Bovespa e BM&F, há o risco das duas acabarem", diz o fundador da BM&F.
Ele explica que a BM&F, apesar de gerar mais receitas para as corretoras e ter mais volume de negócios, não tem a mesma importância política que a Bovespa.
"Qualquer medida do governo que prejudique a Bovespa vai estar prejudicando empreas, acionistas, investidores. Na BM&F, são poucas as empresas que fazem hedge. Só as grandes. No final das contas, quem atua forte na BM&F é o Banco Central", afirma.
A Bovespa reúne atualmente 113 corretoras. O pregão viva-voz, que já abrigou no passado mais de 1.500 profissionais no recinto, tem hoje apenas 280 operadores.
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Bovespa precisa ter gestão mais empresarial, diz ex-presidente
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
O ex-presidente da Bovespa e fundador da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Eduardo Rocha Azevedo, dono da corretora Convenção, não tem interesse de voltar a ser presidente da Bolsa paulista, que completa 112 anos na próxima sexta-feira.
A Convenção ainda é membro da Bovespa. A corretora tem títulos patrimoniais da Bolsa de Santos, que foi incorporada pela Bolsa paulista. Essa carta não permite, no entanto, à Convenção operar no pregão da Bovespa.
Azevedo diz que aprova a gestão do atual presidente Raymundo Magliano Filho, e que não se acanha de encaminhar suas críticas diretamente.
Para Azevedo, a Bovespa deveria ter uma gestão mais empresarial, prestando contas e tendo um comportamento mais agressivo no mercado.
Ele diz que as forças que buscam tirar do papel o Novo Mercado e o Plano Diretor para o mercado de capitais deveriam se unir.
Dentro da Bovespa, há alas políticas, identificadas por representantes do mercado como Magliano, o presidente da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), Manoel Félix Cintra, Alvaro Augusto Vidigal e Homero Amaral, da corretora Socopa.
Azevedo condena a idéia de fusão entre Bovespa e BM&F. Ele acha que são Bolsas com naturezas, públicos e importâncias distintas.
"Se houver uma fusão entre Bovespa e BM&F, há o risco das duas acabarem", diz o fundador da BM&F.
Ele explica que a BM&F, apesar de gerar mais receitas para as corretoras e ter mais volume de negócios, não tem a mesma importância política que a Bovespa.
"Qualquer medida do governo que prejudique a Bovespa vai estar prejudicando empreas, acionistas, investidores. Na BM&F, são poucas as empresas que fazem hedge. Só as grandes. No final das contas, quem atua forte na BM&F é o Banco Central", afirma.
A Bovespa reúne atualmente 113 corretoras. O pregão viva-voz, que já abrigou no passado mais de 1.500 profissionais no recinto, tem hoje apenas 280 operadores.
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