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20/08/2002 - 20h59

FAB já escolheu fornecedora de jatos, mas não divulga nome

KATHERINE BALDWIN
da Reuters
da Folha Online

A FAB (Força Aérea Brasileira) já escolheu a proposta vencedora para construir 12 aeronaves, um contrato de US$ 700 milhões.
O nome da fabricante, porém, não foi divulgado. Participam da licitação empresas como a norte-americana Lockheed Martin, a sueca Saab e a Embraer.

O comandante da FAB Carlos Almeida Baptista disse que apresentaria uma avaliação sobre a melhor proposta assim que o presidente Fernando Henrique Cardoso convocar o Conselho de Defesa Nacional. Entretanto, nenhuma data foi acertada.

O conselho, que agrupa o presidente, ministros e líderes do Congresso, tem a última palavra no negócio, um dos maiores envolvendo forças armadas latino-americanas.

Baptista e o ministro da Defesa, Geraldo Quintão, não deram indicações sobre a proposta vencedora, negando uma série de notícias apontando que o governo havia escolhido a fabricante com base em fatores políticos ou em propostas que prometiam forte investimento no país.

"Nossa avaliação está pronta, feita por uma comissão de 60 especialistas'', disse Baptista. `Nosso processo é perfeito. Não há influência externa ou algo do tipo.''

O contrato, que deve ser o primeiro passo para um acordo multibilionário, atraiu as principais fabricantes de equipamentos de defesa do mundo.

A Lockheed, maior fornecedora de equipamentos para defesa, ofereceu seus caças F-16. A Embraer junto com a parceira francesa Dassault Aviation apresentou uma versão alterada do jato francês Mirage.

A empresa russa Sukhoi ofereceu o modelo Su-35 Super Flanker. E a Saab e a britânica BAE Systems estão na corrida com o caça Gripen.

Notícias sugeriram ainda que a Lockheed tinha sido escolhida para a fabricação dos jatos da FAB como forma de retorno do acordo do FMI (Fundo Monetário Internacional) com o Brasil, de US$ 30 bilhões. Quintão classificou a especulação de "grande absurdo''.

Com apenas sete semanas para as eleições presidenciais, os candidatos tem se pronunciado a favor da Embraer na licitação, por ser uma empresa brasileira.

"Eu também gostaria muito que a Embraer ganhasse, como todos os brasileiros querem... Mas ela está em um processo de competição'', afirmou Quintão.

A Lockheed reiterou sua avaliação do processo de escolha como justo e transparente.

"Nós acompanhamos tudo durante o processo, que foi analisado de maneira bastante profissional, em uma avaliação séria com boas pessoas envolvidas'', disse à Reuters Richard Singer, diretor sênior da Lockheed para as Américas.
 

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