Argentina anuncia plano social de US$ 113 milhões

A Argentina anunciou um plano de investimento de US$ 113 milhões nas províncias e aumento dos fundos sociais para tentar aliviar a tensão que vem assustando os investidores, já preocupados com a lenta recuperação econômica do país.

O presidente Fernando de la Rúa destinou US$ 35 milhões para um plano de criação de empregos e US$ 78 milhões para equipamentos de hospitais, depois das críticas dentro do gabinete de que os gastos sociais foram sacrificados em prol das metas fiscais.

O presidente disse que os gastos sociais eram necessários para acabar com o alto desemprego que despertou protestos nas províncias, mas, mesmo assim, ainda ficou do lado do Ministério da Economia, que acredita que a recuperação econômica será conquistada através da disciplina fiscal.

"A solução básica para os problemas sociais só virá de uma economia saudável e capacidade constantemente crescente de criação de empregos'', disse de la Rúa, depois de fechar um acordo com os governadores das 24 províncias do país.

O presidente deve anunciar um corte de US$ 600 milhões nos gastos públicos na sexta-feira.

Humor
Investidores argentinos e estrangeiros estão de péssimo humor depois de 22 meses seguidos de estagnação econômica e notícias sobre protestos nas províncias, brigas internas no governo e mais austeridade.

Rumores de uma renúncia iminente do ministro da Economia, José Luis Machinea, tinham que ser erradicados por um apoio vigoroso de la Rúa. Vários ministros criticaram a adesão de Machinea às políticas de austeridade fiscal recitadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Conversas sobre mais impostos para cumprir as metas do FMI têm sabor de desespero para alguns investidores.