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Desempenho do PIB brasileiro é o 8º melhor entre 36 grandes economias
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ÁLVARO FAGUNDES
da Folha de S.Paulo
Se nos últimos três meses do ano passado a queda da economia brasileira ficou entre as maiores do mundo, o resultado do PIB do primeiro trimestre ficou entre os menos ruins.
Em um levantamento com 36 das 50 maiores economias globais, o desempenho brasileiro só foi inferior ao registrado por 7 países --sempre na comparação dos primeiros três meses deste ano com os últimos três de 2008. Somente Indonésia, Austrália, Coreia do Sul, Polônia (todos esses tiveram crescimento no começo deste ano), Chile, Canadá e Noruega tiveram um resultado de PIB melhor que a contração brasileira, de 0,8%. A Suíça teve retração idêntica à brasileira.
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Mesmo ampliando a pesquisa (que só não leva em conta países que não fazem esse tipo de comparação, como a China e Cingapura, ou que ainda não divulgaram seus dados, casos de Argentina e Turquia) para incluir seis pequenas economias que fazem parte da União Europeia, o cenário praticamente não muda: Chipre, que ficou estagnado no primeiro trimestre, é o único que teve um resultado melhor que o brasileiro. Hungria e especialmente a Eslováquia e os países bálticos tiveram retrações dramáticas, a maioria delas superior a 10%.
Outro ponto que chama a atenção no levantamento é que a contração brasileira acabou perdendo ritmo entre um trimestre e outro, na contramão da maioria das grandes economias. No início do ano, havia a esperança de que a recessão global pudesse se atenuar já no primeiro trimestre, o que não se confirmou. Por exemplo, a Alemanha, a maior economia europeia, se retraiu em 3,8% de janeiro a março (a maior queda desde a reunificação, em 1990), um recuo 1,6 ponto percentual maior que o dos últimos três meses do ano passado.
Mas a Coreia do Sul e a Indonésia, que afundaram tão ou mais rapidamente que o Brasil na onda recessiva detonada a partir de setembro de 2008, com a quebra do banco Lehman Brothers, conseguiram reagir melhor à crise.
O Produto Interno Bruto da Indonésia, que, assim como o do Brasil havia se retraído em 3,6% no quarto trimestre, avançou 1,6% de janeiro a março, o maior crescimento entre as principais economias.
O resultado sul-coreano foi mais modesto que o indonésio -o país mal escapou da recessão, com um crescimento de apenas 0,1%, alavancado por expressivos gastos do governo-, porém a queda havia sido mais profunda: 5,1%.
Além disso, a economia da Coreia do Sul é muito mais dependente de exportações, que sofreram queda profunda com os consumidores e as empresas em todo o mundo cortando gastos. O efeito disso pode ser notado em outros tradicionais exportadores asiáticos como Japão, Cingapura, Hong Kong e Taiwan, que estão hoje afundados em forte recessão.
A Austrália, que como o Brasil é um tradicional exportador de commodities, como minerais, também conseguiu evitar a recessão, com um crescimento de 0,4% no primeiro trimestre deste ano, graças especialmente aos gastos do governo e dos consumidores e às exportações. Ainda assim, o desemprego em abril saltou para 5,4%, ante uma taxa de 3,9% em fevereiro do ano passado.
Arte Folha | ||
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