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29/10/2002
-
15h20
da Agência Lusa, em Genebra
O vice-presidente da Nestlé, Peter Brabeck-Lemathe, garante que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário de Fernando Henrique Cardoso, tem a base mais importante, "o apoio popular", para formar um governo forte.
"Eu já dizia há muito tempo que prefiro uma decisão clara para o Brasil. Para mim, não era importante quem estava ganhando, mas que o homem ou a mulher que ganhasse tivesse um mandato claro do povo para conseguir criar um governo forte", frisou o vice-presidente da maior empresa multinacional alimentícia do mundo.
"O que o Brasil mais precisa atualmente é de um governo forte, explicou, que tenha o apoio do povo, e que permitirá confrontar as questões políticas e sociais. Quanto mais forte o governo, quanto mais claro o voto e a vitória, melhor para o país", afirmou.
Em entrevista dada em Genebra, Brabeck-Letmathe disse que a Nestlé vai continuar, como sempre fez, apostando no Brasil.
A empresa, segundo ele, não pensa em segurar nenhum investimento no país: "Nem um pouco. Ao contrário. Antes das eleições fizemos um grande investimento com a compra da Garoto (cholocates) no Brasil. Nós não teríamos feito esse investimento se tivéssemos com medo do resultado das eleições. Não vamos segurar nenhum investimento", garantiu.
Novos investimentos do grupo, explicou entretanto Brabeck-Letmathe, vão depender de um fator: "se haverá aumento do poder de compra da população".
"Espero que isso aconteça, porque é exatamente o que a economia brasileira precisa agora", afirmou.
A administração da Nestlé informou que Lula ainda precisa de dar alguns "esclarecimentos" sobre os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Ajudaria muito, na opinião dele, se Lula reconfirmasse, por exemplo, o compromisso de que vai honrar com o pagamento da dívida do país.
"Se os compromissos como pagamento da dívida forem confirmados, agora que ele foi eleito, isso vai certamente ajudar a esfriar a ansiedade que existe no mundo financeiro internacional", assinalou.
Brabeck-Lemathe expressou também a sua confiança e da empresa que gere no Brasil. "Queremos estar ao serviço das pessoas e não ao serviço dos governos", disse, adiantando que "haverá outras oportunidades para investirmos mais".
Para o vice-presidente da Nestlé, "quanto mais cedo o presidente eleito divulgar o seu programa econômico, que tem de levar em consideração as realidades do ambiente econômico global, mas também a realidade do Brasil, melhor".
O executivo da Nestlé informou que não conhece Lula pessoalmente, mas espera encontrá-lo na sua próxima vista ao Brasil, no início do ano que vem.
Veja também o especial Governo Lula
Lula tem "apoio popular" para formar governo, diz executivo
BÁRBARA TORRESda Agência Lusa, em Genebra
O vice-presidente da Nestlé, Peter Brabeck-Lemathe, garante que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, ao contrário de Fernando Henrique Cardoso, tem a base mais importante, "o apoio popular", para formar um governo forte.
"Eu já dizia há muito tempo que prefiro uma decisão clara para o Brasil. Para mim, não era importante quem estava ganhando, mas que o homem ou a mulher que ganhasse tivesse um mandato claro do povo para conseguir criar um governo forte", frisou o vice-presidente da maior empresa multinacional alimentícia do mundo.
"O que o Brasil mais precisa atualmente é de um governo forte, explicou, que tenha o apoio do povo, e que permitirá confrontar as questões políticas e sociais. Quanto mais forte o governo, quanto mais claro o voto e a vitória, melhor para o país", afirmou.
Em entrevista dada em Genebra, Brabeck-Letmathe disse que a Nestlé vai continuar, como sempre fez, apostando no Brasil.
A empresa, segundo ele, não pensa em segurar nenhum investimento no país: "Nem um pouco. Ao contrário. Antes das eleições fizemos um grande investimento com a compra da Garoto (cholocates) no Brasil. Nós não teríamos feito esse investimento se tivéssemos com medo do resultado das eleições. Não vamos segurar nenhum investimento", garantiu.
Novos investimentos do grupo, explicou entretanto Brabeck-Letmathe, vão depender de um fator: "se haverá aumento do poder de compra da população".
"Espero que isso aconteça, porque é exatamente o que a economia brasileira precisa agora", afirmou.
A administração da Nestlé informou que Lula ainda precisa de dar alguns "esclarecimentos" sobre os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. Ajudaria muito, na opinião dele, se Lula reconfirmasse, por exemplo, o compromisso de que vai honrar com o pagamento da dívida do país.
"Se os compromissos como pagamento da dívida forem confirmados, agora que ele foi eleito, isso vai certamente ajudar a esfriar a ansiedade que existe no mundo financeiro internacional", assinalou.
Brabeck-Lemathe expressou também a sua confiança e da empresa que gere no Brasil. "Queremos estar ao serviço das pessoas e não ao serviço dos governos", disse, adiantando que "haverá outras oportunidades para investirmos mais".
Para o vice-presidente da Nestlé, "quanto mais cedo o presidente eleito divulgar o seu programa econômico, que tem de levar em consideração as realidades do ambiente econômico global, mas também a realidade do Brasil, melhor".
O executivo da Nestlé informou que não conhece Lula pessoalmente, mas espera encontrá-lo na sua próxima vista ao Brasil, no início do ano que vem.
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