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29/10/2002
-
17h10
da Folha Online
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será obrigado a ceder aos radicais do partido relaxando sua austeridade fiscal e monetária numa tentativa de acomodar as cobranças de seus aliados e eleitores.
Esse é o cenário de médio prazo mais provável traçado em relatório entitulado "E agora, Luiz?", da corretora Fator-Doria Atherino, divulgado hoje.
"Continuamos acreditando que são grandes as chances de que um processo inflacionário se estabeleça em 2002", diz o documento, assinado por Jacqueline Lison e Vladimir Caramaschi.
Eles dizem que, na melhor das hipóteses, a economia brasileira terá um crescimento "pífio", pressões inflacionárias, uma conjuntura internacional adversa e a necessidade de um ajuste fiscal mais doloroso do que o promovido por FHC.
Os dois fazem uma série de questionamentos sobre o futuro governo petista.
"Conseguirá o PT e os demais partidos que apoiam Lula obter a colaboração do Congresso para implementar as reformas necessárias? Quanto haverá de defecções entre as hostes petistas em reação ao 'neoliberalismo' explícito da cúpula? E os demais partidos aliados? Qual a chance de que setores do PT, o PC do B ou o PDT venham a votar favoravelmente a uma reforma da previdência do setor público? Qual será a reação do PT quando as grandes expectativas de seus eleitores começarem a ser frustradas", indagam os dois analistas.
Eles consideram que essas dúvidas vão funcionar como um "teto" para a atual onda de otimismo do mercado.
"É preciso considerar que, mesmo com o PT adotando as políticas corretas, a conjuntura doméstica e internacional muito provavelmente não propiciarão um ambiente favorável ao crescimento em 2003", diz o relatório.
Os analistas acham que o otimismo atual também é favorecido pelo fato de que "há um certo cansaço com notícias e análises negativas".
Leia também:
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PT deve relaxar austeridade monetária para aliviar cobrança, diz Fator
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será obrigado a ceder aos radicais do partido relaxando sua austeridade fiscal e monetária numa tentativa de acomodar as cobranças de seus aliados e eleitores.
Esse é o cenário de médio prazo mais provável traçado em relatório entitulado "E agora, Luiz?", da corretora Fator-Doria Atherino, divulgado hoje.
"Continuamos acreditando que são grandes as chances de que um processo inflacionário se estabeleça em 2002", diz o documento, assinado por Jacqueline Lison e Vladimir Caramaschi.
Eles dizem que, na melhor das hipóteses, a economia brasileira terá um crescimento "pífio", pressões inflacionárias, uma conjuntura internacional adversa e a necessidade de um ajuste fiscal mais doloroso do que o promovido por FHC.
Os dois fazem uma série de questionamentos sobre o futuro governo petista.
"Conseguirá o PT e os demais partidos que apoiam Lula obter a colaboração do Congresso para implementar as reformas necessárias? Quanto haverá de defecções entre as hostes petistas em reação ao 'neoliberalismo' explícito da cúpula? E os demais partidos aliados? Qual a chance de que setores do PT, o PC do B ou o PDT venham a votar favoravelmente a uma reforma da previdência do setor público? Qual será a reação do PT quando as grandes expectativas de seus eleitores começarem a ser frustradas", indagam os dois analistas.
Eles consideram que essas dúvidas vão funcionar como um "teto" para a atual onda de otimismo do mercado.
"É preciso considerar que, mesmo com o PT adotando as políticas corretas, a conjuntura doméstica e internacional muito provavelmente não propiciarão um ambiente favorável ao crescimento em 2003", diz o relatório.
Os analistas acham que o otimismo atual também é favorecido pelo fato de que "há um certo cansaço com notícias e análises negativas".
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