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26/09/2000
-
20h37
CLÓVIS ROSSI
enviado da Folha de S.Paulo à Praga
Ao inaugurarem hoje seu 55º Encontro Anual, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial cristalizaram uma nova retórica, a do combate à pobreza, mas reafirmaram velhas receitas como forma de atingir tal objetivo.
"O mais urgente (dos problemas não-resolvidos) é a pobreza, que está se transformando em uma grande ameaça para a estabilidade política no mundo'', disse, por exemplo, Horst Koehler, o novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.
Reforçou James Wolfensohn, o presidente do Banco Mundial: 'Nosso objetivo compartilhado é melhorar a qualidade de vida e reduzir a pobreza, por meio de crescimento sustentado e equitativo''.
Até Lawrence Summers, o secretário norte-americano do Tesouro, engrossou o coro. "Continuamos a enfrentar o desafio econômico e humanitário predominante de nossos tempos: construir uma economia bem-sucedida e verdadeiramente global, que funcione bem para todos os nossos povos'', afirmou.
Ou, como dramatizou Trevor Manuel, ministro sul-africano de Finanças e presidente de turno do Encontro: 'Apesar de todos os progressos que fizemos desde 1944 (ano de criação do FMI e do Banco Mundial), ainda vivemos em um mundo no qual bilhões de pessoas acordam cada manhã para a fome, a doença, a pobreza e o desespero''.
O problema é que, desde 1990, o Banco Mundial adotou como objetivo predominante a redução da pobreza. No ano passado, o FMI juntou-se a ele, ao decidir que aliviar a pobreza seria um objetivo-chave de seus programas.
A nova retórica foi incapaz de mudar a realidade, de resto retratada na pilha de números com que Wolfensohn recheou seu discurso. Entre eles, o já tradicional: 'Alguma coisa está errada quando 1,2 bilhão de pessoas vivem com menos de US$ 1 por dia e 2,8 bilhões vivem com menos de US$ 2 por dia."
FMI reafirma combate à pobreza com velha fórmula
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CLÓVIS ROSSI
enviado da Folha de S.Paulo à Praga
Ao inaugurarem hoje seu 55º Encontro Anual, o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial cristalizaram uma nova retórica, a do combate à pobreza, mas reafirmaram velhas receitas como forma de atingir tal objetivo.
"O mais urgente (dos problemas não-resolvidos) é a pobreza, que está se transformando em uma grande ameaça para a estabilidade política no mundo'', disse, por exemplo, Horst Koehler, o novo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional.
Reforçou James Wolfensohn, o presidente do Banco Mundial: 'Nosso objetivo compartilhado é melhorar a qualidade de vida e reduzir a pobreza, por meio de crescimento sustentado e equitativo''.
Até Lawrence Summers, o secretário norte-americano do Tesouro, engrossou o coro. "Continuamos a enfrentar o desafio econômico e humanitário predominante de nossos tempos: construir uma economia bem-sucedida e verdadeiramente global, que funcione bem para todos os nossos povos'', afirmou.
Ou, como dramatizou Trevor Manuel, ministro sul-africano de Finanças e presidente de turno do Encontro: 'Apesar de todos os progressos que fizemos desde 1944 (ano de criação do FMI e do Banco Mundial), ainda vivemos em um mundo no qual bilhões de pessoas acordam cada manhã para a fome, a doença, a pobreza e o desespero''.
O problema é que, desde 1990, o Banco Mundial adotou como objetivo predominante a redução da pobreza. No ano passado, o FMI juntou-se a ele, ao decidir que aliviar a pobreza seria um objetivo-chave de seus programas.
A nova retórica foi incapaz de mudar a realidade, de resto retratada na pilha de números com que Wolfensohn recheou seu discurso. Entre eles, o já tradicional: 'Alguma coisa está errada quando 1,2 bilhão de pessoas vivem com menos de US$ 1 por dia e 2,8 bilhões vivem com menos de US$ 2 por dia."
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