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24/11/2002
-
05h42
Nunca se falou tanto de temas como terceiro setor e voluntariado no Brasil, sobretudo após a ampla divulgação ocorrida em 2001, escolhido como o Ano Internacional do Voluntariado. Mas como manter o ritmo de crescimento dessas ações e ainda criar uma cultura de responsabilidade social a longo prazo?
Na avaliação da empresária Milú Villela, presidente do Instituto Faça Parte, a resposta a essa pergunta está no trabalho direto com alunos de escolas particulares e, principalmente, públicas, em todos os Estados brasileiros. O Faça Parte foi criado neste ano com o objetivo de dar continuidade à estrutura gerada pelo Comitê do Ano Internacional do Voluntariado, também presidido por Villela.
Para isso, a entidade idealizou o programa "Jovem Voluntário Escola Solidária", a fim de estimular estudantes a se tornarem voluntários. A seguir, conheça algumas das idéias do programa e também os principais trechos da entrevista de Milú Villela à Folha.
Jovem voluntário
A decisão de centralizar nas escolas o foco gerador de empreendimentos sociais é estratégica, segundo a presidente do Faça Parte. "O jovem é nosso presente e futuro. Há um número grande de potenciais voluntários que vão introjetar o conceito de responsabilidade social desde o começo da vida e nunca mais vão parar", acredita Villela.
O programa já apresentou resultados satisfatórios, acrescenta: "Já atingimos cerca de 8 milhões de alunos e, com o apoio de diversos órgãos de educação, a aceitação das escolas vem sendo boa"".
Assitencialismo
Milú Villela destaca ainda a importância do engajamento no terceiro setor e diz que o "assistencialismo deve ser combatido". "Esse termo é coisa do passado. O terceiro setor tem de ser engajado, como nos anos 60 e 70, quando havia um comprometimento político. Agora é a hora da militância social."
Lula
A expectativa da empresária em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva é positiva. "Ele vai querer a participação de todos e deve fazer um governo mais voltado ao social."
Para ela, a própria vitória de Lula mostra que o país está preparado para desenvolver o conceito de voluntariado: "O fato de o elegermos por sua história de vida mostra que estamos engajados para ter um Brasil melhor e mais justo".
Economia
O contexto conturbado da economia brasileira e mundial não deve afetar as iniciativas do terceiro setor, na opinião de Villela. "A economia não rege o país. Achamos que sem educação não podemos chegar à economia. As empresas vêm respondendo bem aos projetos sociais e, mesmo em situação difícil, sabem a importância dessas iniciativas."
Microempresas
"As micro e médias empresas são mais conscientes e podem ter um papel essencial no trabalho voluntário", afirma Villela. A sugestão seria aproveitar o menor porte para selecionar os funcionários, que, então, "escolhem a tarefa que gostariam de fazer, na creche, no hospital ou na praça, doando parte do tempo de seu trabalho".
Voluntariado precisa crescer mais entre jovens, defende Milú Villela
da Folha de S.PauloNunca se falou tanto de temas como terceiro setor e voluntariado no Brasil, sobretudo após a ampla divulgação ocorrida em 2001, escolhido como o Ano Internacional do Voluntariado. Mas como manter o ritmo de crescimento dessas ações e ainda criar uma cultura de responsabilidade social a longo prazo?
Na avaliação da empresária Milú Villela, presidente do Instituto Faça Parte, a resposta a essa pergunta está no trabalho direto com alunos de escolas particulares e, principalmente, públicas, em todos os Estados brasileiros. O Faça Parte foi criado neste ano com o objetivo de dar continuidade à estrutura gerada pelo Comitê do Ano Internacional do Voluntariado, também presidido por Villela.
Para isso, a entidade idealizou o programa "Jovem Voluntário Escola Solidária", a fim de estimular estudantes a se tornarem voluntários. A seguir, conheça algumas das idéias do programa e também os principais trechos da entrevista de Milú Villela à Folha.
Jovem voluntário
A decisão de centralizar nas escolas o foco gerador de empreendimentos sociais é estratégica, segundo a presidente do Faça Parte. "O jovem é nosso presente e futuro. Há um número grande de potenciais voluntários que vão introjetar o conceito de responsabilidade social desde o começo da vida e nunca mais vão parar", acredita Villela.
O programa já apresentou resultados satisfatórios, acrescenta: "Já atingimos cerca de 8 milhões de alunos e, com o apoio de diversos órgãos de educação, a aceitação das escolas vem sendo boa"".
Assitencialismo
Milú Villela destaca ainda a importância do engajamento no terceiro setor e diz que o "assistencialismo deve ser combatido". "Esse termo é coisa do passado. O terceiro setor tem de ser engajado, como nos anos 60 e 70, quando havia um comprometimento político. Agora é a hora da militância social."
Lula
A expectativa da empresária em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva é positiva. "Ele vai querer a participação de todos e deve fazer um governo mais voltado ao social."
Para ela, a própria vitória de Lula mostra que o país está preparado para desenvolver o conceito de voluntariado: "O fato de o elegermos por sua história de vida mostra que estamos engajados para ter um Brasil melhor e mais justo".
Economia
O contexto conturbado da economia brasileira e mundial não deve afetar as iniciativas do terceiro setor, na opinião de Villela. "A economia não rege o país. Achamos que sem educação não podemos chegar à economia. As empresas vêm respondendo bem aos projetos sociais e, mesmo em situação difícil, sabem a importância dessas iniciativas."
Microempresas
"As micro e médias empresas são mais conscientes e podem ter um papel essencial no trabalho voluntário", afirma Villela. A sugestão seria aproveitar o menor porte para selecionar os funcionários, que, então, "escolhem a tarefa que gostariam de fazer, na creche, no hospital ou na praça, doando parte do tempo de seu trabalho".
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