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12/12/2002
-
10h52
da Folha Online
A equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manterá o atual sistema de metas inflacionárias utilizadas pelo Banco Central. Estudo entregue ao futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mostra que a meta de inflação a ser perseguida pelo futuro governo em 2003 é de 6,5%. O estudo prevê uma variação de dois pontos para cima e dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Entre os motivos que indicam que a inflação deverá ceder no futuro governo está a entrada da nova safra agrícola, que reduzirá a pressão sobre os preços, principalmente, dos itens que compõem a cesta básica do consumidor.
Outro fator que ajudará a interromper a escalada de preços é a decisão do futuro governo de conferir autonomia operacional ao BC. O modelo estudado pela equipe petista prevê uma autonomia nos moldes do sistema inglês, ou seja, não há independência total, como no sistema norte-americano. No entanto, a futura diretoria do BC terá mais autonomia à medida que estiver livre das pressões políticas sobre a condução dessa ou daquela política monetária.
Para o professor da Unicamp, Luciano Coutinho, o IPCA acumulado de 2003 deverá ficar entre 8% e 8,5%. Segundo ele, a inflação já dá sinais de desaceleração quando se leva em conta os preços no atacado. "Os preços no atacado já estão caindo. A queda deverá chegar ao consumidor já em 2003."
Sem saber do estudo, Coutinho - que é cotado pelo governo petista para assumir a presidência do BNDES - disse que além da nova safra agrícola, a retomada da confiança dos investidores internacionais combinada à queda do dólar puxarão a inflação para baixo. "Tudo isso coloca a inflação para baixo. Mas é cedo para se fazer especulações."
Equipe de transição trabalha com meta de inflação de 6,5% para 2003
FABIANA FUTEMAda Folha Online
A equipe econômica do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manterá o atual sistema de metas inflacionárias utilizadas pelo Banco Central. Estudo entregue ao futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci, mostra que a meta de inflação a ser perseguida pelo futuro governo em 2003 é de 6,5%. O estudo prevê uma variação de dois pontos para cima e dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Entre os motivos que indicam que a inflação deverá ceder no futuro governo está a entrada da nova safra agrícola, que reduzirá a pressão sobre os preços, principalmente, dos itens que compõem a cesta básica do consumidor.
Outro fator que ajudará a interromper a escalada de preços é a decisão do futuro governo de conferir autonomia operacional ao BC. O modelo estudado pela equipe petista prevê uma autonomia nos moldes do sistema inglês, ou seja, não há independência total, como no sistema norte-americano. No entanto, a futura diretoria do BC terá mais autonomia à medida que estiver livre das pressões políticas sobre a condução dessa ou daquela política monetária.
Para o professor da Unicamp, Luciano Coutinho, o IPCA acumulado de 2003 deverá ficar entre 8% e 8,5%. Segundo ele, a inflação já dá sinais de desaceleração quando se leva em conta os preços no atacado. "Os preços no atacado já estão caindo. A queda deverá chegar ao consumidor já em 2003."
Sem saber do estudo, Coutinho - que é cotado pelo governo petista para assumir a presidência do BNDES - disse que além da nova safra agrícola, a retomada da confiança dos investidores internacionais combinada à queda do dólar puxarão a inflação para baixo. "Tudo isso coloca a inflação para baixo. Mas é cedo para se fazer especulações."
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