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27/01/2003
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08h23
Criticado por não falar inglês (ou outro idioma além do português), Lula sentiu-se um pouco vingado ontem ao ouvir de empresários portugueses que era a primeira pessoa a falar nessa língua no Fórum Econômico.
O inglês é o idioma hegemônico, tanto que José María Figueres, ex-presidente da Costa Rica e diretor do fórum, conduziu a sessão em inglês, apesar de sua língua mãe ser o espanhol.
A presença de Lula em Davos não chegou a provocar o mesmo "frisson" de suas aparições públicas no Brasil porque a platéia era basicamente de empresários, usualmente contidos, e porque a segurança suíça é implacável.
Ainda assim, o cartunista brasileiro Claudius Ceccon praticou uma cena de tietagem explícita, ao entregar a Lula, ainda no palco, uma camiseta com a estampa: "Lulasterix e sua poção mágica (52.793.004 votos)".
Mais tarde, ao sair para fumar (cigarrilha) do salão Rhinehorn, em que se realizaram os encontros privados do presidente, Lula foi cercado pelos empreendedores sociais brasileiros, definidos como gente que "emprega a mesma energia dos empresários, mas para a realização social", pela médica Vera Cordeiro.
Os empreendedores queriam que o governo Lula encampasse seus projetos. Lula, como se ainda estivesse em campanha, concordou no ato: disse que seu sonho era "o de transformar em políticas públicas todas as experiências bem sucedidas da sociedade".
Voltou ao salão para receber Bill Clinton, que pedira o encontro, mas queria que Lula fosse a seu hotel. Lula recusou e disse que, se ex-presidente dos EUA quisesse conversar, que fosse ao Centro de Congressos. Ele foi, com a filha, e elogiou o brasileiro: "Ele me impressionou muito bem".
Veja também o especial Fóruns Globais
Lula é o primeiro a discursar em português em Davos
da Folha de S.Paulo, em DavosCriticado por não falar inglês (ou outro idioma além do português), Lula sentiu-se um pouco vingado ontem ao ouvir de empresários portugueses que era a primeira pessoa a falar nessa língua no Fórum Econômico.
O inglês é o idioma hegemônico, tanto que José María Figueres, ex-presidente da Costa Rica e diretor do fórum, conduziu a sessão em inglês, apesar de sua língua mãe ser o espanhol.
A presença de Lula em Davos não chegou a provocar o mesmo "frisson" de suas aparições públicas no Brasil porque a platéia era basicamente de empresários, usualmente contidos, e porque a segurança suíça é implacável.
Ainda assim, o cartunista brasileiro Claudius Ceccon praticou uma cena de tietagem explícita, ao entregar a Lula, ainda no palco, uma camiseta com a estampa: "Lulasterix e sua poção mágica (52.793.004 votos)".
Mais tarde, ao sair para fumar (cigarrilha) do salão Rhinehorn, em que se realizaram os encontros privados do presidente, Lula foi cercado pelos empreendedores sociais brasileiros, definidos como gente que "emprega a mesma energia dos empresários, mas para a realização social", pela médica Vera Cordeiro.
Os empreendedores queriam que o governo Lula encampasse seus projetos. Lula, como se ainda estivesse em campanha, concordou no ato: disse que seu sonho era "o de transformar em políticas públicas todas as experiências bem sucedidas da sociedade".
Voltou ao salão para receber Bill Clinton, que pedira o encontro, mas queria que Lula fosse a seu hotel. Lula recusou e disse que, se ex-presidente dos EUA quisesse conversar, que fosse ao Centro de Congressos. Ele foi, com a filha, e elogiou o brasileiro: "Ele me impressionou muito bem".
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