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13/02/2003
-
20h23
da Folha Online
A Stella Barros, uma das maiores e mais antigas operadoras de turismo do Brasil, pediu hoje falência na 27ª Vara Cível da capital paulista.
Em até 20 dias, a empresa entregará o balanço fiscal e outros documentos à Justiça, que emitirá um parecer sobre a falência.
Pelo menos 50 passageiros, que compraram pacotes nas duas lojas próprias da operadora -Ibirapuera em SP e Barra da Tijuca no RJ- devem ter problemas imediatos para embarque.
Com cerca de 50 funcionários e 27 franqueados, a empresa faria 38 anos de fundação no próximo mês. Os franqueados negociam adotar a bandeira X-Virtual, loja virtual de produtos turísticos, que diz garantir os pacotes já vendidos.
No site da companhia (www.stellabarros.com.br), ainda estão sendo comercializados os pacotes turísticos para o Carnaval, sem o comunicado sobre o pedido de falência.
A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) tentou convencer as empresas aéreas a garantir o embarque dos passageiros. A intenção é resolver o problemas nos próximos dias.
Estima-se que a companhia possui uma dívida estimada em US$ 6 milhões. Os credores seriam bancos, hotéis, companhias aéreas e empresas de turismo, principalmente em Orlando (EUA).
Em dezembro de 2000, a Stella Barros foi vendida para a empresa norte-americana TravelYA Networks, dona do site Volando.com, que injetou US$ 10 milhões nas operações no Brasil e também pediu falência.
Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a empresa sofria com a crise no setor, traduzida pela redução das viagens internacionais com o dólar elevado. Os EUA respondiam por 60% das vendas da operadora.
Antes, em 1998, a empresa perdeu dinheiro com a crise de venda de ingressos para a Copa do Mundo da França. Um grupo de 300 torcedores comprou pacotes turísticos da empresa e, embora constasse dos contratos, soube que a presença deles no estádio não estava garantida. A Stella Barros teve de comprar os ingressos a preço de ouro nos cambistas.
O pedido de falência da Stella Barros foi encaminhado à Justiça pelo escritório Martins Neto e Guerra Advogados Associados.
Depois da Soletur
A Stella Barros foi fundada em 1965 pela vovó Stella, que já usava esse nome para embarcar grupos de crianças e jovens à Disney desde 1957.
A crise do setor turístico já provocou outras baixas. Em novembro de 2001, a Justiça do Rio decretou a falência da Soletur, outra grande operadora de turismo do país.
No mês seguinte, a companhia aérea Transbrasil paralisou as operações e nunca mais voltou a voar.
Leia mais
Operadora foi fundada pela vovó Stella em 1965
Franqueadas garantem pacotes
Stella Barros pede falência na Justiça paulista
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
A Stella Barros, uma das maiores e mais antigas operadoras de turismo do Brasil, pediu hoje falência na 27ª Vara Cível da capital paulista.
Em até 20 dias, a empresa entregará o balanço fiscal e outros documentos à Justiça, que emitirá um parecer sobre a falência.
Pelo menos 50 passageiros, que compraram pacotes nas duas lojas próprias da operadora -Ibirapuera em SP e Barra da Tijuca no RJ- devem ter problemas imediatos para embarque.
Com cerca de 50 funcionários e 27 franqueados, a empresa faria 38 anos de fundação no próximo mês. Os franqueados negociam adotar a bandeira X-Virtual, loja virtual de produtos turísticos, que diz garantir os pacotes já vendidos.
No site da companhia (www.stellabarros.com.br), ainda estão sendo comercializados os pacotes turísticos para o Carnaval, sem o comunicado sobre o pedido de falência.
A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) tentou convencer as empresas aéreas a garantir o embarque dos passageiros. A intenção é resolver o problemas nos próximos dias.
Estima-se que a companhia possui uma dívida estimada em US$ 6 milhões. Os credores seriam bancos, hotéis, companhias aéreas e empresas de turismo, principalmente em Orlando (EUA).
Em dezembro de 2000, a Stella Barros foi vendida para a empresa norte-americana TravelYA Networks, dona do site Volando.com, que injetou US$ 10 milhões nas operações no Brasil e também pediu falência.
Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, a empresa sofria com a crise no setor, traduzida pela redução das viagens internacionais com o dólar elevado. Os EUA respondiam por 60% das vendas da operadora.
Antes, em 1998, a empresa perdeu dinheiro com a crise de venda de ingressos para a Copa do Mundo da França. Um grupo de 300 torcedores comprou pacotes turísticos da empresa e, embora constasse dos contratos, soube que a presença deles no estádio não estava garantida. A Stella Barros teve de comprar os ingressos a preço de ouro nos cambistas.
O pedido de falência da Stella Barros foi encaminhado à Justiça pelo escritório Martins Neto e Guerra Advogados Associados.
Depois da Soletur
A Stella Barros foi fundada em 1965 pela vovó Stella, que já usava esse nome para embarcar grupos de crianças e jovens à Disney desde 1957.
A crise do setor turístico já provocou outras baixas. Em novembro de 2001, a Justiça do Rio decretou a falência da Soletur, outra grande operadora de turismo do país.
No mês seguinte, a companhia aérea Transbrasil paralisou as operações e nunca mais voltou a voar.
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