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24/04/2003
-
10h26
da Folha Online
Após abrir com leve alta, o dólar comercial atinge nova cotação mínima na manhã desta quinta-feira. A moeda norte-americana é vendida a R$ 2,991, com desvalorização de 0,29% em relação ao fechamento de ontem. Esse é o seu menor valor desde 8 de agosto, quando fechou a R$ 2,91.
A entrada de recursos captados por empresas brasileira no mercado externo é o principal fator que pressiona o dólar.
Há rumores de que a Cosipa e um banco estrangeiro estejam trazendo dólares para o mercado, bem como o Citibank. O Unibanco e o Santander também começaram operações de captação. No ano, os empréstimos conseguidos por companhias nacionais já passam dos US$ 5 bilhões.
''Enquanto a taxa de juros estiver nos patamares atuais, as captações vão continuar nesse ritmo'', afirma José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu ontem manter a Selic, taxa básica de juros da economia, em 26,5% ao ano.
Com isso, ainda é muito vantajoso para os bancos brasileiros emprestar dinheiro no exterior, já que eles podem conceder empréstimos a empresas brasileiras a juros maiores do que os que vão pagar. Nessa diferença, chamada de spread, está o lucro das instituições.
Piso?
O mercado tenta descobrir o piso do dólar. As corretoras estão aconselhando seus clientes a aproveitarem os preços baixos para comprar moeda. Entretanto, o volume de negócios ainda é pequeno, o que indica que os potenciais compradores - como empresas importadoras - esperam que a cotação recue ainda mais.
A expectativa dos investidores é de que mais dólares cheguem ao mercado nos próximos dias, já que a confiança do Brasil aos olhos dos investidores estrangeiros está alta, o que facilita o crédito. Um sinal disso é a queda do risco-país, que está em 851 pontos-base. O C-Bond, título mais negociado da dívida externa brasileira, é vendido a 86,25% do seu valor de face.
Alguns especialistas dizem que o BC deveria aproveitar as menores cotações do dólar para reforçar as reservas do país. Isso também favoreceria os exportadores, cujos resultados pioram à medida em que a moeda norte-americana se desvaloriza.
Especial
Veja a cotação do dólar durante o dia
Dólar desaba para R$ 2,991 com mais captações de empresas
DENYSE GODOYda Folha Online
Após abrir com leve alta, o dólar comercial atinge nova cotação mínima na manhã desta quinta-feira. A moeda norte-americana é vendida a R$ 2,991, com desvalorização de 0,29% em relação ao fechamento de ontem. Esse é o seu menor valor desde 8 de agosto, quando fechou a R$ 2,91.
A entrada de recursos captados por empresas brasileira no mercado externo é o principal fator que pressiona o dólar.
Há rumores de que a Cosipa e um banco estrangeiro estejam trazendo dólares para o mercado, bem como o Citibank. O Unibanco e o Santander também começaram operações de captação. No ano, os empréstimos conseguidos por companhias nacionais já passam dos US$ 5 bilhões.
''Enquanto a taxa de juros estiver nos patamares atuais, as captações vão continuar nesse ritmo'', afirma José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação. O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu ontem manter a Selic, taxa básica de juros da economia, em 26,5% ao ano.
Com isso, ainda é muito vantajoso para os bancos brasileiros emprestar dinheiro no exterior, já que eles podem conceder empréstimos a empresas brasileiras a juros maiores do que os que vão pagar. Nessa diferença, chamada de spread, está o lucro das instituições.
Piso?
O mercado tenta descobrir o piso do dólar. As corretoras estão aconselhando seus clientes a aproveitarem os preços baixos para comprar moeda. Entretanto, o volume de negócios ainda é pequeno, o que indica que os potenciais compradores - como empresas importadoras - esperam que a cotação recue ainda mais.
A expectativa dos investidores é de que mais dólares cheguem ao mercado nos próximos dias, já que a confiança do Brasil aos olhos dos investidores estrangeiros está alta, o que facilita o crédito. Um sinal disso é a queda do risco-país, que está em 851 pontos-base. O C-Bond, título mais negociado da dívida externa brasileira, é vendido a 86,25% do seu valor de face.
Alguns especialistas dizem que o BC deveria aproveitar as menores cotações do dólar para reforçar as reservas do país. Isso também favoreceria os exportadores, cujos resultados pioram à medida em que a moeda norte-americana se desvaloriza.
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