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PF prende 40 em operação contra fraude no seguro-desemprego
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da Folha Online
A Polícia Federal prendeu 40 pessoas por esquema de fraude no seguro-desemprego. O último balanço foi divulgado pela PF na tarde desta sexta-feira. A operação, batizada de Bismarck, foi deflagrada na manhã de hoje no Mato Grosso e em mais oito estados do país, incluindo São Paulo. A PF estima prejuízos em R$ 1,5 milhão e cumpre 50 mandados de prisão.
Do total de detenções, 32 ocorreram hoje e outras oito já tinha sido realizadas durante as investigações do esquema. Em São Paulo, quatro pessoas foram presas hoje.
Segundo a PF, os acusados obtiam informações sobre parcelas do seguro desemprego com funcionários da Caixa Econômica Federal e do Ministério do Trabalho, que estavam envolvidos no esquema.
Com os dados em mãos, os criminosos falsificavam documentos das pessoas que tinham direito ao benefício e o sacavam. Quando o verdadeiro titular do direito ia realizar o saque, descobria a fraude, e o próprio Ministério do Trabalho pagava novamente o benefício.
A ação acontece nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará, Paraíba e conta com o apoio logístico de Superintendências da Polícia Federal de vários Estados.
Detalhes
As investigações iniciaram em 2008, por meio do próprio Ministério do Trabalho e Emprego, de onde surgiram várias denúncias da fraude, que contava com o apoio do empregados temporários da Caixa e do MTE.
A polícia informou que cada suspeito conseguia de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês com os saques indevidos.
O objetivo é cumprir 78 mandados judiciais expedidos pelo juízo da 5ª Vara Federal em Cuiabá, requeridos pela Polícia Federal, sendo 50 mandados de prisão temporária e 28 mandados de busca e apreensão. Dos indiciados, três são ex-funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego e dois são ex-funcionários da Caixa Econômica Federal.
Os acusados tiveram quebra de sigilo bancário e as contas bloqueadas. Eles serão acusados, principalmente, de estelionato, falsidade ideológica e falsificação de documentos públicos.
Segundo a PF, o nome da operação faz referência ao estadista alemão Otton Von Bismark, criador de vários benefícios trabalhistas na Alemanha do século XIX.
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