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29/06/2003
-
16h00
da Folha Online
O Japão paga muito bem, mas o imigrante sofre preconceito e trabalha sem descanso. Se não economizar, ele corre o risco de voltar ao Brasil com as mãos abanando.
O conselho é do nissei Fernando Sato, 29, que saiu de São Paulo aos 16 anos, com a família, para passar oito anos em cidades como Kanagawa, Osaka e Ibaraki.
"Fui operador de máquina. Pintava placas de computador. Depois trabalhei no controle de qualidade dos rolos de papel de fax da Canon. Na General Electric, inspecionava os defeitos em peças de geladeira."
Ele chegou a faturar por mês até US$ 4.000 (cerca de R$ 12 mil) com uma jornada das 8h da manhã às 10h da noite.
"Fazia hora extra ao máximo. Mas o corpo já estava cansado. Decidi então voltar, como já tinha feito a minha família."
Ele afirma que não se arrepende da experiência.
"Amadureci muito. Só acho que deveria ter guardado mais o dinheiro. Nas horas de folga, eu gastava muito com videogames e jogos em Akihabara [bairro do comércio eletrônico em Tóquio]."
Às vezes, ele pensa em voltar para levantar alguns ienes e, depois, retornar ao Brasil e montar o próprio negócio. Mas diz que hoje só aceitaria trabalhar em escritório, não mais no chão das fábricas.
Na capital paulista, o técnico em informática Sato reclama da crise do emprego e da cobrança de taxas municipais (lixo e iluminação).
"Como a renda é curta, meus clientes preferem deixar o micro quebrado e pagar as contas do supermercado. Em um mês bom, tirava R$ 800. Mas hoje falta serviço."
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Para voltar ao Brasil, emigrante precisa aprender a economizar
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
O Japão paga muito bem, mas o imigrante sofre preconceito e trabalha sem descanso. Se não economizar, ele corre o risco de voltar ao Brasil com as mãos abanando.
O conselho é do nissei Fernando Sato, 29, que saiu de São Paulo aos 16 anos, com a família, para passar oito anos em cidades como Kanagawa, Osaka e Ibaraki.
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Ele chegou a faturar por mês até US$ 4.000 (cerca de R$ 12 mil) com uma jornada das 8h da manhã às 10h da noite.
"Fazia hora extra ao máximo. Mas o corpo já estava cansado. Decidi então voltar, como já tinha feito a minha família."
Ele afirma que não se arrepende da experiência.
"Amadureci muito. Só acho que deveria ter guardado mais o dinheiro. Nas horas de folga, eu gastava muito com videogames e jogos em Akihabara [bairro do comércio eletrônico em Tóquio]."
Às vezes, ele pensa em voltar para levantar alguns ienes e, depois, retornar ao Brasil e montar o próprio negócio. Mas diz que hoje só aceitaria trabalhar em escritório, não mais no chão das fábricas.
Na capital paulista, o técnico em informática Sato reclama da crise do emprego e da cobrança de taxas municipais (lixo e iluminação).
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