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26/09/2003
-
19h37
da Folha Online
O empréstimo com desconto em folha, tecnicamente, já podia ser obtido desde o dia 18, quando saiu a regulamentação.
Entretanto, a medida provisória e o decreto determinam que as condições do empréstimo sejam negociadas entre o banco e o trabalhador, ou entre o banco e o sindicato ou central sindical que o representa. E essas negociações ainda estão em curso.
A empresa também poderá negociar diretamente com os bancos, desde que tenha a autorização do sindicato que representa seus funcionários.
O trabalhador poderá sozinho buscar o empréstimo nos bancos. No entanto, as instituições financeiras estão dando preferência a acordos negociados com as centrais sindicais ou sindicatos de classe.
Os sindicatos e centrais também têm condições de negociar taxas de juros e as condições de pagamento melhores junto aos bancos do que o trabalhador que tentar buscar o empréstimo sozinho.
Ou seja, o melhor mesmo é se informar com o sindicato e a empresa sobre como proceder. Se nenhum dos dois tiver acertado nada ainda, deve-se pressioná-los, pois não podem negar esse direito ao trabalhador.
Liberação do empréstimo
A liberação dos primeiros empréstimos, dentro da nova modalidade, estão condicionadas às negociações lideradas pelos sindicatos e centrais sindicais.
O primeiro acordo fechado dentro das novas regras foi o do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e o Santander Banespa. No entanto, o contrato será assinado depois do Santander Banespa definir como será o seguro-desemprego que será embutido dentro do empréstimo.
A partir daí, o sindicato está livre para negociar com as empresas da sua base o empréstimo com desconto em folha. A previsão é que os primeiros convênios entre sindicato e empresas sejam feitos no início de outubro.
Regras
Não há valor nem prazo máximos para a dívida. A restrição é quanto à renda que o trabalhador pode dispor para fazer o pagamento ao banco. A regra é clara: o assalariado pode comprometer até 30% de seu salário líquido com a prestação --ou 40% do rendimento bruto.
A nova modalidade de crédito tem juros que variam de 2% a 3,8% ao mês --bem abaixo da taxa do crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito, que vão hoje de 4% a 11% ao mês, segundo levantamento do Procon.
O juro menor é resultado do baixo risco de inadimplência assumido pelos bancos, já que o pagamento é feito diretamente pela empresa.
No caso, o maior risco do empréstimo com desconto em folha é a demissão. Se isso acontecer, até 30% do valor da rescisão vai para abater a dívida com o banco. O restante é negociado entre banco e demitido.
Outro risco é o da empresa simplesmente não pagar o banco. Exatamente por isso, os bancos poderão cobrar juro maior dos funcionários de empresas com situação financeira delicada.
Especial
Saiba tudo sobre o empréstimo com desconto em folha
Saiba como pedir empréstimo com desconto na folha de pagamento
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O empréstimo com desconto em folha, tecnicamente, já podia ser obtido desde o dia 18, quando saiu a regulamentação.
Entretanto, a medida provisória e o decreto determinam que as condições do empréstimo sejam negociadas entre o banco e o trabalhador, ou entre o banco e o sindicato ou central sindical que o representa. E essas negociações ainda estão em curso.
A empresa também poderá negociar diretamente com os bancos, desde que tenha a autorização do sindicato que representa seus funcionários.
O trabalhador poderá sozinho buscar o empréstimo nos bancos. No entanto, as instituições financeiras estão dando preferência a acordos negociados com as centrais sindicais ou sindicatos de classe.
Os sindicatos e centrais também têm condições de negociar taxas de juros e as condições de pagamento melhores junto aos bancos do que o trabalhador que tentar buscar o empréstimo sozinho.
Ou seja, o melhor mesmo é se informar com o sindicato e a empresa sobre como proceder. Se nenhum dos dois tiver acertado nada ainda, deve-se pressioná-los, pois não podem negar esse direito ao trabalhador.
Liberação do empréstimo
A liberação dos primeiros empréstimos, dentro da nova modalidade, estão condicionadas às negociações lideradas pelos sindicatos e centrais sindicais.
O primeiro acordo fechado dentro das novas regras foi o do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e o Santander Banespa. No entanto, o contrato será assinado depois do Santander Banespa definir como será o seguro-desemprego que será embutido dentro do empréstimo.
A partir daí, o sindicato está livre para negociar com as empresas da sua base o empréstimo com desconto em folha. A previsão é que os primeiros convênios entre sindicato e empresas sejam feitos no início de outubro.
Regras
Não há valor nem prazo máximos para a dívida. A restrição é quanto à renda que o trabalhador pode dispor para fazer o pagamento ao banco. A regra é clara: o assalariado pode comprometer até 30% de seu salário líquido com a prestação --ou 40% do rendimento bruto.
A nova modalidade de crédito tem juros que variam de 2% a 3,8% ao mês --bem abaixo da taxa do crédito pessoal, cheque especial e cartão de crédito, que vão hoje de 4% a 11% ao mês, segundo levantamento do Procon.
O juro menor é resultado do baixo risco de inadimplência assumido pelos bancos, já que o pagamento é feito diretamente pela empresa.
No caso, o maior risco do empréstimo com desconto em folha é a demissão. Se isso acontecer, até 30% do valor da rescisão vai para abater a dívida com o banco. O restante é negociado entre banco e demitido.
Outro risco é o da empresa simplesmente não pagar o banco. Exatamente por isso, os bancos poderão cobrar juro maior dos funcionários de empresas com situação financeira delicada.
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