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19/10/2003 - 10h00

Governo Lula vai mudar todas as cédulas e moedas do real

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O Banco Central e a Casa da Moeda estudam aposentar os sete animais que estampam o reverso das cédulas do real. A idéia é adotar um novo tema para as notas, o que daria a sensação de "página virada" na história da moeda criada em 1994 e que marcou a era FHC. Outro objetivo é aprimorar a tecnologia do dinheiro, dificultando a falsificação. A onça pintada (animal em extinção) da nota de R$ 50 é a primeira na mira das mudanças. O novo dinheiro deve estrear só a partir de 2005.

"Vamos fazer um estudo minucioso ao longo de 2004 para confeccionar a nova família do real, que vai envolver também as seis moedas. Tudo pode mudar: as figuras, o tamanho, o papel, os elementos de segurança", afirmou à Folha Online a o chefe-adjunto do Departamento de Meio Circulante do BC, Luiz Henrique de Almeida.

Ele disse que uma equipe vai pesquisas novidades nessa área em outros países. Também não está descartada a contratação de uma empresa especializada para auxiliar no trabalho nem a realização de um concurso para ouvir as sugestões do público sobre os novos visuais. Há o precedente da pesquisa do BC feita em 2001 que escolheu o mico-leão-dourado para estampar a nota de R$ 20 e a tartaruga marinha para a de R$ 2.

Sem pressa

Almeida explica que a nota de R$ 50 foi a escolhida para ser a primeira a sofrer alterações por se tratar da cédula de maior valor com a maior circulação. A de R$ 100 é só a de maior valor da família, com bem menos notas na praça.

Segundo ele, o projeto do novo dinheiro, ainda sem um cronograma bem definido, será desenvolvido com mais cuidado e por mais tempo -- uma situação diferente da primeira série de cédulas e moedas do real.

Com 24 anos de atuação no Departamento de Meio Circulante, Almeida lembra que a primeira família do real foi concebida em 94 "de uma só vez, de forma rápida, em tempo recorde" devido à urgência para o lançamento do plano econômico.

Na sua avalição, isso ajuda a explicar o fato de que as cédulas do real apresentarem o mesmo tamanho e todas trazerem a efígie simbólica da República no verso. Ou seja, sem muitos elementos de diferenciação entre as cédulas.



Antes de virar realidade, qualquer alteração nas características da moeda brasileira depende de aprovação do CMN (Conselho Monetário Nacional).

Figuram hoje no reverso da atual família de cédulas do real o beija-flor (R$ 1), a tartaruga marinha (R$ 2) , a garça (R$ 5), a arara (R$ 10), o mico-leão-dourado (R$ 20) , a onça pintada (R$ 50) e a garoupa (R$ 100).

Moeda de um centavo

Almeida diz que a moedinha de um centavo não será extinta, apesar da perda de seu valor com a inflação elevada, que a tornou apenas um incômodo para o bolso de alguns, preferindo recusar ou deixá-la jogada no chão.

"No metrô do Rio, ela é usada à beça", afirma Almeida, em alusão ao valor do bilhete duplo de R$ 3,76.

A moedinha de um centavo é a de maior circulação no país. Há na praça cerca de 2,9 bilhões de unidades, isto é, 20% de todas as seis moedas existentes no país (14,4 bilhões).

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