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20/10/2003 - 10h48

Brasil é o país que mais elimina empregos na indústria, diz pesquisa

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ROSE SASSARRÃO
da Folha Online

Se o emprego industrial há anos enfrenta crise em todo o mundo, no Brasil essa situação é ainda mais severa.

Uma pesquisa feita pela companhia de investimentos norte-americana Alliance Capital mostra que o Brasil perdeu 20% dos postos de trabalho no setor industrial entre 95 e 2002.

A pesquisa da Alliance analisa dados das 20 principais economias mundiais. Segundo o levantamento, a indústria já perdeu um total de 22 milhões de empregos no período analisado --a queda média nos 20 países pesquisados é de 11%.

A Alliance afirma que a redução dos postos de trabalho é generalizada e pode ser explicada pelos ganhos de produtividade com o avanço tecnológico, a pressão pela redução de custos e o aumento da eficiência.

O excesso de capacidade produtiva e a crise econômica fazem as companhias reduzirem o número de trabalhadores especialmente no setor siderúrgico e automobilístico. Enquanto o emprego caiu 11%, a produção avançou 30%.

No caso do Brasil, as baixas taxas de crescimento da economia aceleraram esse processo pois a queda do consumo e, consequentemente, da demanda por produtos tornaram a indústria ociosa, provocando as demissões.

Até nos Estados Unidos, há a redução de postos de trabalho. Entre 95 e 2002, a economia norte-americana perdeu 2 milhões de empregos. China e Japão, países que estão em crescimento, também perderam postos.

O caso mais surpreendente é o da China. O país registrou uma queda de 15% no número de empregos. Em 95, o número de vagas na indústria era de 98 milhões e, em 2002, era de 83 milhões. Mesmo assim, desde 2000, a China já abriu 2,5 milhões de empregos. Para a Alliance, os investidores locais estão ajustando as linhas de produção, tornando-as mais lucrativas e enxutas.

No entanto, não são todos os países que registram queda no emprego industrial. Espanha e Canadá tiveram alta de mais de 20% no mesmo período. Para os especialistas, isso pode ser explicado pelo crescimento econômico desses países, especialmente devido a assinatura de pactos comerciais regionais, que elevaram a demanda, provocando o aquecimento do mercado de trabalho.

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