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01/12/2003
-
19h38
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O C-Bond, principal título da dívida externa do país, bateu nesta segunda-feira um novo recorde. O papel fechou negociado pela maior cotação da sua história: 97,437% do valor de face.
Emitidos em 1994, os C-Bonds vão vencer em 15 de abril de 2014. Hoje, o mercado financeiro especulou que o governo poderá exercer a opção de recompra dos títulos no próximo ano.
Uma recompra dos papéis ajudaria a melhorar o perfil de endividamento do país, aumentando as chances de uma elevação do "rating" (nota de risco) do Brasil pelas agências de classificação.
Com os rumores, o risco-Brasil despencou e ficou abaixo da barreira dos 500 pontos pela primeira vez desde o dia 5 de maio de 1998. O indicador, medido pelo banco americano JPMorgan, recuou 5,8%, aos 499 pontos.
Segundo operadores, caso a recompra dos C-Bonds não seja realizada, o governo brasileiro poderá realizar uma nova captação no mercado internacional ou alguma operação de troca ("swap") de títulos.
Há também expectativas positivas dos investidores estrangeiros em relação a uma melhora do "rating" da dívida soberana do Brasil, após elogios feitos na semana passada pela agência S&P (Standard & Poor's).
Nos últimos meses, o Tesouro Nacional comprou, via Banco do Brasil, lotes expressivos de dólares no mercado de câmbio. Estima-se que, só na semana passada, essas compras totalizaram cerca de US$ 1 bilhão. Esses recursos poderiam ser utilizados para a recompra dos títulos da dívida.
Desde novembro, analistas do mercado de títulos da dívida emergentes também comentam que o governo brasileiro prepararia um novo lançamento de bônus no exterior. A diferença é que os títulos seriam denominados em euro. Falava-se, na época, que a operação poderia chegar a 1,5 bilhão de euros (US$ 1,75 bilhão). Os papéis teriam vencimento entre dez e 13 anos.
No último dia 15 de outubro, o governo Lula realizou a sua quinta captação externa, com a venda de US$ 1,5 bilhão em papéis com vencimento em outubro de 2010.
As emissões anteriores foram em 11 de setembro (US$ 750 milhões com vencimento em agosto de 2011), 30 de julho (US$ 123 milhões com vencimento em 2011), 10 de junho (US$ 1,25 bilhão om vencimento em junho de 2013) e 29 de abril (US$ 1 bilhão com vencimento em janeiro de 2007).
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Veja as captações externas realizadas no governo Lula
Saiba mais sobre como é feito o cálculo do risco-país
C-Bond crava novo recorde, risco Brasil desaba e fecha abaixo de 500 pontos
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da Folha Online
O C-Bond, principal título da dívida externa do país, bateu nesta segunda-feira um novo recorde. O papel fechou negociado pela maior cotação da sua história: 97,437% do valor de face.
Emitidos em 1994, os C-Bonds vão vencer em 15 de abril de 2014. Hoje, o mercado financeiro especulou que o governo poderá exercer a opção de recompra dos títulos no próximo ano.
Uma recompra dos papéis ajudaria a melhorar o perfil de endividamento do país, aumentando as chances de uma elevação do "rating" (nota de risco) do Brasil pelas agências de classificação.
Com os rumores, o risco-Brasil despencou e ficou abaixo da barreira dos 500 pontos pela primeira vez desde o dia 5 de maio de 1998. O indicador, medido pelo banco americano JPMorgan, recuou 5,8%, aos 499 pontos.
Segundo operadores, caso a recompra dos C-Bonds não seja realizada, o governo brasileiro poderá realizar uma nova captação no mercado internacional ou alguma operação de troca ("swap") de títulos.
Há também expectativas positivas dos investidores estrangeiros em relação a uma melhora do "rating" da dívida soberana do Brasil, após elogios feitos na semana passada pela agência S&P (Standard & Poor's).
Nos últimos meses, o Tesouro Nacional comprou, via Banco do Brasil, lotes expressivos de dólares no mercado de câmbio. Estima-se que, só na semana passada, essas compras totalizaram cerca de US$ 1 bilhão. Esses recursos poderiam ser utilizados para a recompra dos títulos da dívida.
Desde novembro, analistas do mercado de títulos da dívida emergentes também comentam que o governo brasileiro prepararia um novo lançamento de bônus no exterior. A diferença é que os títulos seriam denominados em euro. Falava-se, na época, que a operação poderia chegar a 1,5 bilhão de euros (US$ 1,75 bilhão). Os papéis teriam vencimento entre dez e 13 anos.
No último dia 15 de outubro, o governo Lula realizou a sua quinta captação externa, com a venda de US$ 1,5 bilhão em papéis com vencimento em outubro de 2010.
As emissões anteriores foram em 11 de setembro (US$ 750 milhões com vencimento em agosto de 2011), 30 de julho (US$ 123 milhões com vencimento em 2011), 10 de junho (US$ 1,25 bilhão om vencimento em junho de 2013) e 29 de abril (US$ 1 bilhão com vencimento em janeiro de 2007).
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