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20/12/2003
-
07h07
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Brasil Telecom ofereceu pagar US$ 115 milhões pelo controle acionário do provedor de internet gratuita iG. A Folha apurou que a proposta foi apresentada aos grupos La Fonte e AG Telecom (Andrade Gutierrez Telecomunicações) no final de novembro.
La Fonte e AG Telecom fazem parte do bloco de acionistas controladores da empresa de telefonia fixa Telemar, que também participa do capital do iG, por intermédio de uma holding registrada nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal localizado no Caribe.
A Telemar tem 20% das ações da iG Cayman, mas, a Brasil Telecom não ofereceu comprar as ações que estão em poder dela.
O motivo que levou o grupo Opportunity, administrador da Brasil Telecom, a não estender a oferta à Telemar ainda é desconhecido. Toda a negociação vem sendo feita sob sigilo e nenhuma das partes envolvidas comenta publicamente o assunto.
Anteontem, o conselho de administração da Brasil Telecom autorizou os executivos da empresa a negociarem a compra do iG até o limite de US$ 160 milhões. Ou seja, US$ 45 milhões a mais do proposto no final de novembro.
Executivos ligados a acionistas da Telemar garantem que eles só responderão à proposta da Brasil Telecom em meados de janeiro. Isso contradiz a versão que circulava anteontem em São Paulo de que a compra poderia ser definida entre o Natal e o Ano Novo.
O controle acionário do iG está concentrado em Cayman. O iG Cayman tem 99,99998% do capital da empresa no Brasil, e sabe-se que o Opportunity e o grupo GP Investimento têm o controle das ações que dão direito a voto.
A Brasil Telecom e a Telemar são acionistas do iG por vias distintas. Enquanto a Telemar participa diretamente da empresa de Cayman, a Brasil Telecom tem participação indireta, ao lado do Opportunity, por meio da empresa Nova Tarrafa Participações.
Segundo a Folha apurou, a Telemar foi informada da oferta da Brasil Telecom e estuda a hipótese de fazer uma contraproposta. A tendência na empresa era analisar o negócio, sem muito apetite. A orientação era a de não criar uma "falsa competição" pelo iG.
O Opportunity, que detêm, atualmente, o controle da Brasil Telecom, disse ontem que não vai comentar as negociações envolvendo a compra do iG.
A mesma posição foi adotada pelos acionistas da Telemar.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
A Brasil Telecom ofereceu pagar US$ 115 milhões pelo controle acionário do provedor de internet gratuita iG. A Folha apurou que a proposta foi apresentada aos grupos La Fonte e AG Telecom (Andrade Gutierrez Telecomunicações) no final de novembro.
La Fonte e AG Telecom fazem parte do bloco de acionistas controladores da empresa de telefonia fixa Telemar, que também participa do capital do iG, por intermédio de uma holding registrada nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal localizado no Caribe.
A Telemar tem 20% das ações da iG Cayman, mas, a Brasil Telecom não ofereceu comprar as ações que estão em poder dela.
O motivo que levou o grupo Opportunity, administrador da Brasil Telecom, a não estender a oferta à Telemar ainda é desconhecido. Toda a negociação vem sendo feita sob sigilo e nenhuma das partes envolvidas comenta publicamente o assunto.
Anteontem, o conselho de administração da Brasil Telecom autorizou os executivos da empresa a negociarem a compra do iG até o limite de US$ 160 milhões. Ou seja, US$ 45 milhões a mais do proposto no final de novembro.
Executivos ligados a acionistas da Telemar garantem que eles só responderão à proposta da Brasil Telecom em meados de janeiro. Isso contradiz a versão que circulava anteontem em São Paulo de que a compra poderia ser definida entre o Natal e o Ano Novo.
O controle acionário do iG está concentrado em Cayman. O iG Cayman tem 99,99998% do capital da empresa no Brasil, e sabe-se que o Opportunity e o grupo GP Investimento têm o controle das ações que dão direito a voto.
A Brasil Telecom e a Telemar são acionistas do iG por vias distintas. Enquanto a Telemar participa diretamente da empresa de Cayman, a Brasil Telecom tem participação indireta, ao lado do Opportunity, por meio da empresa Nova Tarrafa Participações.
Segundo a Folha apurou, a Telemar foi informada da oferta da Brasil Telecom e estuda a hipótese de fazer uma contraproposta. A tendência na empresa era analisar o negócio, sem muito apetite. A orientação era a de não criar uma "falsa competição" pelo iG.
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