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07/03/2004 - 10h56

Playcenter corta gastos e "aposenta" brinquedos

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O Playcenter, maior parque de diversões da capital paulista, passa por um processo de reestruturação para espantar a crise.

O parque está demitindo funcionários, vai aposentar brinquedos e antecipou de agosto para este mês sua promoção mais rentável -o evento "Noites do Terror".

Com as chuvas desde janeiro, os visitantes sumiram, prejudicando o caixa do parque, que ainda enfrenta a concorrência das atrações dos shoppings.

O parque pode devolver um imóvel equivalente a 12% de sua área para evitar ação de despejo. Criado há 30 anos e um dos símbolos de São Paulo, o parque tenta manter em sigilo seu plano de reestruturação, tocado desde o fracasso de sua venda para o grupo Mágico, dos mexicanos da CIE, a maior empresa do setor de entretenimento da América Latina e dona de casas de shows como Credicard Hall em São Paulo.

"Todos os parques estão em dificuldades. Não vamos fechar. Já sobrevivemos às piores tempestades", disse à Folha Online o presidente e fundador do Playcenter, Marcelo Gutglas.

"Farei qualquer coisa para reduzir os custos e otimizar o parque. Mas não há nada concreto para anunciar neste momento."



Gutglas disse ainda que o parque terminou 2003 no azul, mas a empresa não é mais obrigada a divulgar balanço financeiro, já que fechou o capital. Disse que já investiu, em dois anos, até R$ 15 milhões ano em melhorias no parque, com recursos próprios.

Gutglas culpou o aumento dos impostos e do desemprego pela crise do setor. Revelou que o parque -com capacidade para 15 mil pessoas- já chegou a receber apenas 30 visitantes em um dia. "Fomos muito castigados pela chuva", disse ele.

Demissões

No próximo dia 26, deve estrear a nova edição do "Noites do Terror". Será a primeira vez que o evento deixará de ser realizado fora do calendário tradicional (agosto-setembro).

Segundo Gutglas, o parque mudou a data para inovar. Ele disse que, em agosto próximo, também vai realizar a segunda edição do show, que chegou, no auge do sucesso, a receber 500 mil pessoas em dois meses.

De acordo com Gutglas, a folha de pagamento do parque caiu de 700 em 1995 para os atuais 500 funcionários. "Vamos também devolver brinquedos e depois comprar outros, bem como contratar mais gente para o Noites do Terror. Precisamos nos adaptar ao mercado."

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