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16/03/2004 - 08h42

Caso Zeca Pagodinho chega ao Conar

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JOSÉ ALAN DIAS
da Folha de S.Paulo

A disputa entre as cervejarias AmBev e Schincariol pelo mercado brasileiro registrou um novo capítulo ontem. A Schincariol, fabricante da cerveja Nova Schin, por meio de sua agência, a Fischer América, ingressou com uma representação no Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária) para que seja suspensa a veiculação do comercial da Brahma protagonizado por Zeca Pagodinho.

No requerimento, a Schincariol alega que a AmBev promove propaganda comparativa que tem "por objetivo denegrir a Nova Schin". Sustenta ainda que o cantor mantém contrato com a Schincariol até setembro de 2004.

"Vamos esperar um posicionamento do Conar. Ouvir e apresentar nossos argumentos", disse Nizan Guanaes, dono da agência Africa, responsável pela campanha da Brahma. "O país inteiro sabe que Zeca Pagodinho não se sentia confortável com o fato de estar lá", completou Nizan.

A querela começou na sexta, quando o mercado foi surpreendido pelo comercial da Brahma, protagonizado por Zeca Pagodinho. O cantor fora a estrela do lançamento da Nova Schin --que permitiu à Schincariol saltar de uma participação de 11,5% do mercado em setembro para o pico de 15,2% em dezembro passado. Segundo dados da Nielsen, a participação da Schin em janeiro era de 14,1% do mercado. As três marcas da AmBev (Skol, Brahma e Antarctica) detinham 64,3%.

No refrão da música cantada no filme da Brahma, Zeca ironiza sua a passagem pela Nova Schin: "Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei".

É nesse trecho que a Schincariol se apóia para afirmar que o comercial da concorrente tenta macular a imagem de seu produto.

De sua parte, a AmBev ameaça interpelar na Justiça comum a Schincariol pelo anúncio publicado na imprensa anteontem em que apresenta a Nova Schin como "brasileira" em contrapartida à "belga" Brahma. A Schincariol alude a uma suposta desnacionalização da AmBev após o acordo com a cervejaria belga Interbrew.
 

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