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31/03/2004
-
14h23
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O sambista carioca Zeca Pagodinho, 45, conseguiu hoje no Tribunal de Justiça de São Paulo uma liminar que fixa uma multa diária de R$ 100 mil contra a cervejaria Schincariol no caso da veiculação do comercial que usa um sósia do cantor.
A informação é do escritório Godoi e Aprigliano, que defende o artista. Segundo o advogado Ricardo de Carvalho Aprigliano, a Schin poderá recorrer da decisão em Brasília. Desde o ingresso do recurso de Pagodinho, há quase duas semanas, por decisão da própria Schincariol, o comercial já não era mais veiculado.
Já o advogado da Schincariol, Vinicius Camargo Silva, disse que, também por decisão judicial, a AmBev também não pode mais usar até setembro próximo a imagem de Pagodinho em comerciais sob pena de receber uma multa diária de R$ 500 mil. Ele explica que o contrato dele com a Schincariol só acaba em setembro próximo.
No filme da Schin, dois amigos discutem sobre a troca de cerveja em um bar. Ao fundo do cenário, um placa: "Prato do dia: traíra". Um deles pergunta ao personagem, apresentado como "Zequinha", se este não trocaria de cerveja por "R$ 1 milhão". A oferta é recusada. Nesse momento, o sósia de Zeca, que apenas observa a conversa, levanta-se e diz: "O cara é "firmeza", enquanto cumprimenta o personagem. O amigo sobe a oferta para US$ 3 milhões: "Por US$ 3 milhões, falo que amo e ainda dou beijo na boca", responde Zequinha.
No mercado publicitário, estima-se que o contrato do cantor com a AmBev teria sido de R$ 3 milhões.
No chamado "recurso de agravo de instrumento", o advogado argumenta que o comercial do sósia ofende a imagem e honra de seu cliente com insinuações de que ele é um traidor e mercenário. O relator do processo foi o desembargador Roberto Mortari.
Quando o recurso foi analisado na primeira instância, no Fórum João Mendes, no último dia 18, a decisão do juiz da 36ª Vara Cível de São Paulo, Régis Rodrigues Bonvicino tinha sido desfavorável ao cantor.
A polêmica do sambista na "guerra das cervejas" foi deflagrada no último dia 12, quando a Brahma colocou no ar um comercial com Pagodinho como principal estrela. No filme, ele cantava uma música cujo refrão ironiza sua passagem pela "Nova Schin": "Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei".
No dia 19, a Schincariol conseguiu uma liminar para retirar do ar a campanha da Brahma. A cervejaria processa a AmBev, dona da Brahma, e Pagodinho por quebra de contrato, perdas e danos. A ação tramita sob segredo de Justiça.
Em entrevista no dia 19, o sambista negou ser "traíra", disse que não leu o contrato que assinou, que foi contratado pela Schin para experimentar a cerveja, e não para dizer que é a bebida que ele consome.
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Entenda a polêmica de Zeca Pagodinho na "guerra das cervejas"
Zeca Pagodinho consegue liminar que fixa multa de R$ 100 mil contra Schin
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da Folha Online
O sambista carioca Zeca Pagodinho, 45, conseguiu hoje no Tribunal de Justiça de São Paulo uma liminar que fixa uma multa diária de R$ 100 mil contra a cervejaria Schincariol no caso da veiculação do comercial que usa um sósia do cantor.
A informação é do escritório Godoi e Aprigliano, que defende o artista. Segundo o advogado Ricardo de Carvalho Aprigliano, a Schin poderá recorrer da decisão em Brasília. Desde o ingresso do recurso de Pagodinho, há quase duas semanas, por decisão da própria Schincariol, o comercial já não era mais veiculado.
Já o advogado da Schincariol, Vinicius Camargo Silva, disse que, também por decisão judicial, a AmBev também não pode mais usar até setembro próximo a imagem de Pagodinho em comerciais sob pena de receber uma multa diária de R$ 500 mil. Ele explica que o contrato dele com a Schincariol só acaba em setembro próximo.
No filme da Schin, dois amigos discutem sobre a troca de cerveja em um bar. Ao fundo do cenário, um placa: "Prato do dia: traíra". Um deles pergunta ao personagem, apresentado como "Zequinha", se este não trocaria de cerveja por "R$ 1 milhão". A oferta é recusada. Nesse momento, o sósia de Zeca, que apenas observa a conversa, levanta-se e diz: "O cara é "firmeza", enquanto cumprimenta o personagem. O amigo sobe a oferta para US$ 3 milhões: "Por US$ 3 milhões, falo que amo e ainda dou beijo na boca", responde Zequinha.
No mercado publicitário, estima-se que o contrato do cantor com a AmBev teria sido de R$ 3 milhões.
No chamado "recurso de agravo de instrumento", o advogado argumenta que o comercial do sósia ofende a imagem e honra de seu cliente com insinuações de que ele é um traidor e mercenário. O relator do processo foi o desembargador Roberto Mortari.
Quando o recurso foi analisado na primeira instância, no Fórum João Mendes, no último dia 18, a decisão do juiz da 36ª Vara Cível de São Paulo, Régis Rodrigues Bonvicino tinha sido desfavorável ao cantor.
A polêmica do sambista na "guerra das cervejas" foi deflagrada no último dia 12, quando a Brahma colocou no ar um comercial com Pagodinho como principal estrela. No filme, ele cantava uma música cujo refrão ironiza sua passagem pela "Nova Schin": "Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei".
No dia 19, a Schincariol conseguiu uma liminar para retirar do ar a campanha da Brahma. A cervejaria processa a AmBev, dona da Brahma, e Pagodinho por quebra de contrato, perdas e danos. A ação tramita sob segredo de Justiça.
Em entrevista no dia 19, o sambista negou ser "traíra", disse que não leu o contrato que assinou, que foi contratado pela Schin para experimentar a cerveja, e não para dizer que é a bebida que ele consome.
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