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01/04/2004
-
18h25
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
Quase 2/3 das famílias ricas são compostas por pessoas com curso superior completo. No entanto, uma pequena parte dos ricos não sabe ler nem escrever.
Essa parcela de analfabetos representa 3,6% dos 1,162 milhão de famílias ricas do país, segundo o livro "Atlas da Exclusão Social - Os ricos no Brasil", lançado hoje pela Cortez Editora, com base no Censo de 2000 e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2001.
No livro, ricos são as pessoas integrantes de famílias com renda mensal acima de R$ 10.982 (valores de setembro de 2003).
O livro mostra que 67,2% dos ricos têm curso superior. Outros 10,6% têm curso superior incompleto. Há 13,7% de ricos com ensino médio e 4,8% que concluíram o ensino fundamental.
O economista Marcio Pochmann, um dos cinco organizadores do livro, disse que obtenção de um diploma de curso superior não é caminho para a riqueza. O que explica o fato da maioria dos ricos ter ensino superior é a facilidade de acesso à universidade, principalmente nas privadas, onde o ingresso dos mais pobres é limitada pela renda.
Tipo de ocupação
O livro mostra que 40% dos ricos ocupam cargos do primeiro escalão nas empresas do setor privado. Outros 28,5% são empregadores e 18% trabalham por conta própria --os chamados autônomos. "A economia dos anos 90 promoveu um enxugamento nas empresas, o que demitiu muita gente que passou a atuar como consultores para grandes empresas privadas", disse Pochmann.
Há também 12,8% de ricos que ocupam no setor público.
Sexo e raça
De acordo com o livro, 60% dos ocupados das famílias de alta renda são do sexo masculino. Este percentual sobe para 70% nas famílias de ricos que trabalham como empregadores.
Sob o critério raça/cor, a pesquisa detectou que apenas 8,7% dos ocupados em famílias de alta renda são negros ou pardos.
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da Folha Online
Quase 2/3 das famílias ricas são compostas por pessoas com curso superior completo. No entanto, uma pequena parte dos ricos não sabe ler nem escrever.
Essa parcela de analfabetos representa 3,6% dos 1,162 milhão de famílias ricas do país, segundo o livro "Atlas da Exclusão Social - Os ricos no Brasil", lançado hoje pela Cortez Editora, com base no Censo de 2000 e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 2001.
No livro, ricos são as pessoas integrantes de famílias com renda mensal acima de R$ 10.982 (valores de setembro de 2003).
O livro mostra que 67,2% dos ricos têm curso superior. Outros 10,6% têm curso superior incompleto. Há 13,7% de ricos com ensino médio e 4,8% que concluíram o ensino fundamental.
O economista Marcio Pochmann, um dos cinco organizadores do livro, disse que obtenção de um diploma de curso superior não é caminho para a riqueza. O que explica o fato da maioria dos ricos ter ensino superior é a facilidade de acesso à universidade, principalmente nas privadas, onde o ingresso dos mais pobres é limitada pela renda.
Tipo de ocupação
O livro mostra que 40% dos ricos ocupam cargos do primeiro escalão nas empresas do setor privado. Outros 28,5% são empregadores e 18% trabalham por conta própria --os chamados autônomos. "A economia dos anos 90 promoveu um enxugamento nas empresas, o que demitiu muita gente que passou a atuar como consultores para grandes empresas privadas", disse Pochmann.
Há também 12,8% de ricos que ocupam no setor público.
Sexo e raça
De acordo com o livro, 60% dos ocupados das famílias de alta renda são do sexo masculino. Este percentual sobe para 70% nas famílias de ricos que trabalham como empregadores.
Sob o critério raça/cor, a pesquisa detectou que apenas 8,7% dos ocupados em famílias de alta renda são negros ou pardos.
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