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05/05/2004 - 16h01

Petróleo dispara com tensão geopolítica e tem maior preço em 13 anos

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INAIÊ SANCHEZ
da Folha Online

Os preços do petróleo continuam hoje em seu patamar mais alto dos últimos 13 anos. O mercado preocupa-se com questões de fornecimento após o ataque ocorrido no final de semana na Arábia Saudita, com o crescimento da violência no Iraque e com a demanda mais forte nos Estados Unidos.

O barril do óleo cru leve era negociado nesta tarde em Nova York a US$ 39,30, com alta de US$ 0,32, após encerrar a jornada de ontem em US$ 38,98 --seu preço de fechamento mais alto em 13 anos.

Em Londres, o barril do cru Brent era vendido a US$ 36,55, com uma alta de US$ 0,62 em relação ao encerramento de ontem, quando já havia alcançado seu maior preço desde outubro de 1990, pouco depois de o Iraque ter invadido o Kuait.

O mercado teme que o aumento da violência no Oriente Médio possa criar problemas no abastecimento. No final de semana, militantes islâmicos mataram a tiros funcionários de uma companhia de prospecção na cidade saudita de Yanbu. Dez dias antes, forças dos EUA enfrentaram uma missão suicida no terminal exportador de petróleo em Basra, no Iraque.

Nos EUA, a demanda por combustível continua crescendo fortemente, de acordo com os números do Departamento de Energia e do Instituto Americano do Petróleo divulgados hoje. O consumo nas últimas quatro semanas ficou na casa de 9,1 milhões de barris por dia, ou 3,8% a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
Gasolina.

Por outro lado, o relatório forneceu algum alívio para os que temiam o pior no fornecimento nos postos norte-americanos neste verão, com a gasolina tendo batido ontem, em Nova York, o recorde de US$ 1,3095 por galão (3,785 litros).

Segundo os dados publicados, os estoques de gasolina aumentaram em 4 milhões de barris para 204 milhões de barris na semana terminada em 30 de abril --muito mais do que a previsão de 1,5 milhão de barris.
Os altos preços do óleo no mercado internacional hoje também estão sendo influenciados por problemas em potencial de fornecimento na Nigéria e na Geórgia.

Na Nigéria, a polícia informou que centenas de muçulmanos foram mortos pela milícia cristã em uma luta étnica na cidade de Yelwa, na parte central do país. Embora a localidade seja distante das instalações petrolíferas nigerianas, a violência gerou temores de possíveis problemas na distribuição por parte do maior produtor africano de óleo.

Na Geórgia, teme-se que possa haver interrupções na distribuição diária de 200 mil barris no terminal exportador de Batumi, no Mar Negro. O ministro da Defesa do país, Gela Bezhuashvili, disse a uma televisão local que o terminal da região de Adzhara havia sido minado.
Ele não esclareceu quem pôs os explosivos, mas o líder rebelde Aslan Abashidze atualmente está com o controle da região.

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