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21/05/2004 - 19h33

Justiça manda sequestrar bens de frigorífico suspeito de sonegação

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

A Justiça Federal determinou o seqüestro de bens do Grupo Torlim, dono de frigoríficos em cinco Estados brasileiros e no Paraguai.

O grupo é investigado pela PF (Polícia Federal) por suspeita de sonegação de R$ 70 milhões à Previdência Social, formação de organização criminosa, emissão de notas fiscais frias, contrabando de gado paraguaio e uso de "laranjas", que aparecem como vendedores de bois.

Os bens tornados indisponíveis são 17 fazendas, 77 caminhões, 25 camionetes, 25 reboques e oito motos. O patrimônio está avaliado em R$ 23,5 milhões, segundo a Justiça Federal.

A decisão da Justiça é de 30 de março, mas, segundo a PF, só foi publicada no "Diário da Justiça" de quinta.

O Grupo Torlim tem sede em São Paulo e atua ainda em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso e Paraná. Também possui dois frigoríficos no Paraguai, um em Assunção e outro em Concepción, segundo informa o site do grupo na internet (www.grupotorlim.com.br).

Ainda segundo o site, a rede emprega 2.700 pessoas e tem capacidade para abater 70 mil cabeças de gado por mês. A PF informa que o grupo possui 19 empresas no país.

O delegado federal Guilherme Farias, 27, disse que a Previdência já constatou uma sonegação de R$ 70 milhões. Os demais crimes, supostamente cometidos pelo grupo, ainda são investigados.

Farias disse que as investigações começaram em julho de 2003 pelo Fribai, frigorífico localizado em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai.

"Percebemos que os documentos [que atestariam fraude] encontrados lá também se referiam a outras empresas do grupo", afirmou delegado.

Segundo Farias, o grupo recolhia dos empregados a contribuição para a Previdência, mas não repassava os valores ao INSS. "No inquérito consta crime de contrabando. O gado no Paraguai é mais barato", disse o delegado. Por conta de barreira sanitária contra a febre aftosa, o gado paraguaio não pode entrar no Brasil.

Outro Lado

A reportagem não localizou hoje os empresários Waldir Cândido Torelli e Jair Antonio Lima, donos do Grupo Torlim.

A Agência Folha deixou recado às 18h na casa de Torelli, mas até as 19h ele não tinha telefonado de volta. Antes, a reportagem havia ligado para a sede do grupo, em São Paulo, mas a telefonista disse que os donos e o advogado da empresa não estavam. Ela afirmou que não poderia dar o telefone do advogado. Foi pedido então que a telefonista passasse o telefone da Agência Folha para os empresários ou advogado.

Em seguida, a reportagem ligou para outra empresa de Torelli, mas foi informada de que ele não estava. No telefone que obteve do advogado Antônio Luiz Lapa, ninguém atendia.
 

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