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07/06/2004
-
07h44
da Folha de S.Paulo
A proliferação de acordos regionais domina o cenário do comércio mundial. Em meio a críticas dos que crêem que essas modalidades de tratados comerciais atravancam as negociações multilaterais, elas hoje já respondem por mais da metade do volume global de comércio exterior.
Os dados estão presentes nas chamadas "notas de bastidores" da Unctad (Conferências das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). O documento da organização antecipa uma série de temas que serão abordados na 9ª Conferência da Unctad, que ocorrerá em São Paulo entre os dias 13 de junho e 18 de junho.
Dentro do segmento das negociações regionais, os acordos estabelecidos entre países do Sul (em desenvolvimento) são os que têm ganhado maior fôlego nas últimas duas décadas.
Em 1990, a fatia de participação de acordos comerciais entre países em desenvolvimento para as suas respectivas economias era de 34%. Hoje, ela passou para 43%, o que representa 11% do volume global de comércio exterior.
De acordo com a Unctad, os acordos econômicos regionais "Sul-Sul" -a exemplo do Mercosul, diz a instituição- "podem ser um útil campo de testes" para que os países em desenvolvimento aprimorem as suas capacidades exportadoras e a estratégia de inserção em novos setores.
Prova de que o ritmo mais acelerado de negociações à parte do avanço das grandes negociações multilaterais não tem atravancado a dinâmica global de comércio vem de números da própria OMC (Organização Mundial do Comércio). Em seu mais recente relatório, a instituição afirma que, em 2003, o volume de comércio global cresceu 4,5%. Esse foi o melhor resultado desde 2000. Para 2004, a organização projeta crescimento de 7,5%.
A despeito do entusiasmo com o desempenho dos acordos regionais, a Unctad ressalva que as negociações multilaterais são essenciais para tratar de temas mais sensíveis como a redução de picos tarifários e acesso a mercado.
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Veja especial sobre a 11ª Reunião da Unctad
Acordo regional leva 50% do comércio externo
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A proliferação de acordos regionais domina o cenário do comércio mundial. Em meio a críticas dos que crêem que essas modalidades de tratados comerciais atravancam as negociações multilaterais, elas hoje já respondem por mais da metade do volume global de comércio exterior.
Os dados estão presentes nas chamadas "notas de bastidores" da Unctad (Conferências das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento). O documento da organização antecipa uma série de temas que serão abordados na 9ª Conferência da Unctad, que ocorrerá em São Paulo entre os dias 13 de junho e 18 de junho.
Dentro do segmento das negociações regionais, os acordos estabelecidos entre países do Sul (em desenvolvimento) são os que têm ganhado maior fôlego nas últimas duas décadas.
Em 1990, a fatia de participação de acordos comerciais entre países em desenvolvimento para as suas respectivas economias era de 34%. Hoje, ela passou para 43%, o que representa 11% do volume global de comércio exterior.
De acordo com a Unctad, os acordos econômicos regionais "Sul-Sul" -a exemplo do Mercosul, diz a instituição- "podem ser um útil campo de testes" para que os países em desenvolvimento aprimorem as suas capacidades exportadoras e a estratégia de inserção em novos setores.
Prova de que o ritmo mais acelerado de negociações à parte do avanço das grandes negociações multilaterais não tem atravancado a dinâmica global de comércio vem de números da própria OMC (Organização Mundial do Comércio). Em seu mais recente relatório, a instituição afirma que, em 2003, o volume de comércio global cresceu 4,5%. Esse foi o melhor resultado desde 2000. Para 2004, a organização projeta crescimento de 7,5%.
A despeito do entusiasmo com o desempenho dos acordos regionais, a Unctad ressalva que as negociações multilaterais são essenciais para tratar de temas mais sensíveis como a redução de picos tarifários e acesso a mercado.
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