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15/06/2004
-
14h19
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O Brasil ganhou 5.000 milionários no primeiro ano do governo Lula, apontou hoje um estudo elaborado pelo banco americano de investimento Merrill Lynch e a consultoria Capgemini.
O levantamento considera milionária uma pessoa dona de investimentos financeiros de, no mínimo, US$ 1 milhão. A valorização do real frente ao dólar e das ações em 2003 contribuiu para o aumento do número de ricos no ano passado, revertendo a queda registrada em 2002.
Entre 2002 e 2003, o número de milionários brasileiros cresceu cerca de 6%, passando de 75 mil para 80 mil pessoas no final do ano passado, indicou a pesquisa, denominada "World Wealth Report" (em inglês, Relatório Mundial da Riqueza). Apesar do aumento, o resultado ainda é menor do que o registrado em 2001, quando a pesquisa estimava a existência de 90 mil milionários no país.
No ano passado, a economia brasileira encolheu 0,2%. Essa foi a queda do PIB (Produto Interno Bruto) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já a taxa de desemprego média do ano ficou em 12,3% da PEA (População Economicamente Ativa), e o rendimento médio do trabalhador caiu 12,5% no fim de 2003. Segundo o Bird (Banco Mundial), o Brasil é o país com a maior desigualdade na distribuição de renda na América Latina e no Caribe.
1,1 bilhão de pobres
Em todo o mundo, a riqueza dos 7,7 milhões de milionários aumentou 7,7%, atingindo US$ 28,8 trilhões em 2003. Para se ter idéia da concentração de renda por essa minoria, estima-se que cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo vivem com menos de US$ 1 por dia. Isso representa 21,3% da população mundial, segundo dado do Bird divulgado em abril passado.
Mas há "desigualdades" no universo dos endinheirados. O clubes dos milionários cresce mais em países da América do Norte e da Ásia do que na América Latina e na Europa.
Nos EUA, o total de ricos cresceu 14%, totalizando 2,272 milhões. É o melhor desempenho apontado pela pesquisa, que levantou dados em 68 países. Também registraram forte aumento no número de milionários a China (12% ou 236 mil), a Índia (22% ou 61 mil), Hong Kong (30% ou 45 mil) e a Espanha (18% ou 129 mil).
Já o clube dos milionários na América Latina é composto por 270 mil pessoas, segundo o estudo. Em 2002, o número era menor (201 mil). A pesquisa indica que a expectativa é a de aumento da riqueza dos milionários em todo o mundo a uma taxa de 7% por ano, superando até 2008 o valor de US$ 40,7 trilhões.
Especial
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Número de milionários cresce 6% no 1º ano do governo Lula, aponta pesquisa
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da Folha Online
O Brasil ganhou 5.000 milionários no primeiro ano do governo Lula, apontou hoje um estudo elaborado pelo banco americano de investimento Merrill Lynch e a consultoria Capgemini.
O levantamento considera milionária uma pessoa dona de investimentos financeiros de, no mínimo, US$ 1 milhão. A valorização do real frente ao dólar e das ações em 2003 contribuiu para o aumento do número de ricos no ano passado, revertendo a queda registrada em 2002.
Entre 2002 e 2003, o número de milionários brasileiros cresceu cerca de 6%, passando de 75 mil para 80 mil pessoas no final do ano passado, indicou a pesquisa, denominada "World Wealth Report" (em inglês, Relatório Mundial da Riqueza). Apesar do aumento, o resultado ainda é menor do que o registrado em 2001, quando a pesquisa estimava a existência de 90 mil milionários no país.
No ano passado, a economia brasileira encolheu 0,2%. Essa foi a queda do PIB (Produto Interno Bruto) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Já a taxa de desemprego média do ano ficou em 12,3% da PEA (População Economicamente Ativa), e o rendimento médio do trabalhador caiu 12,5% no fim de 2003. Segundo o Bird (Banco Mundial), o Brasil é o país com a maior desigualdade na distribuição de renda na América Latina e no Caribe.
1,1 bilhão de pobres
Em todo o mundo, a riqueza dos 7,7 milhões de milionários aumentou 7,7%, atingindo US$ 28,8 trilhões em 2003. Para se ter idéia da concentração de renda por essa minoria, estima-se que cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo vivem com menos de US$ 1 por dia. Isso representa 21,3% da população mundial, segundo dado do Bird divulgado em abril passado.
Mas há "desigualdades" no universo dos endinheirados. O clubes dos milionários cresce mais em países da América do Norte e da Ásia do que na América Latina e na Europa.
Nos EUA, o total de ricos cresceu 14%, totalizando 2,272 milhões. É o melhor desempenho apontado pela pesquisa, que levantou dados em 68 países. Também registraram forte aumento no número de milionários a China (12% ou 236 mil), a Índia (22% ou 61 mil), Hong Kong (30% ou 45 mil) e a Espanha (18% ou 129 mil).
Já o clube dos milionários na América Latina é composto por 270 mil pessoas, segundo o estudo. Em 2002, o número era menor (201 mil). A pesquisa indica que a expectativa é a de aumento da riqueza dos milionários em todo o mundo a uma taxa de 7% por ano, superando até 2008 o valor de US$ 40,7 trilhões.
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