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16/06/2004
-
14h46
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O Brasil é o 109º colocado no ranking mundial de exclusão social, medido pelo IES (Índice de Exclusão Social). Essa posição coloca o país num patamar pior do que o medido pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organizações das Nações Unidas).
Pelo IDH --que mede o desenvolvimento dos países com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita--, o Brasil é o 65º país do ranking mundial.
"Pelo IDH, o Brasil estava entre o 1/3 dos países melhores colocados. Pelo IES, o Brasil fica dentro do 1/3 dos países com pior resultado", disse o economista Marcio Pochmann, que lança amanhã durante a 11ª Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) o livro "A exclusão no mundo".
Segundo ele, o IES mede outros indicadores de exclusão que não são detectados pelo IDH, como pobreza, desemprego, desigualdade social, alfabetização, escolarização superior, homicídios e população infantil. "O Brasil teve um crescimento econômico pífio nos últimos anos. Como explicar sua melhora de posição no IDH? O IDH mede alguns fatores, como a escolaridade, que melhoram naturalmente, independentemente de outros fatores de qualidade de vida."
Desigualdade e desemprego
Pochmann disse os fatores que puxaram para baixo o IES do Brasil foram a desigualdade social, violência e desemprego.
Nesses quesitos, o Brasil ocupa a 167ª posição no ranking de desigualdade, está em 161º lugar no de homicídios e em 99º colocação em desemprego. "Somos a 15ª economia do mundo e no ranking de exclusão estamos em 109º lugar. Temos o quarto maior PIB da América, mas somos o 28º em exclusão", afirmou Pochmann.
Para o economista, os dados sobre a exclusão mundial poderão ser usados na elaboração de políticas sociais de combate à pobreza, redução da desigualdade social e geração de emprego e renda.
"É preciso ter crescimento econômico para reduzir esses problemas. Mas só crescimento econômico não basta. É preciso crescer com igualdade e inclusão social para melhorar as condições de vida da população", afirmou o economista.
O livro --o quarto da série "Atlas da Exclusão Social", da Cortez Editora-- elabora um ranking de exclusão social com 175 países.
Pelo IES, os melhores países em inclusão social são o Canadá (1º), Japão (2º) e Finlândia. Os piores são a Namíbia (173º), Lesoto (174º) e Honduras (175º).
Especial
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Desigualdade coloca Brasil em 109ª lugar no ranking mundial de exclusão social
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da Folha Online
O Brasil é o 109º colocado no ranking mundial de exclusão social, medido pelo IES (Índice de Exclusão Social). Essa posição coloca o país num patamar pior do que o medido pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organizações das Nações Unidas).
Pelo IDH --que mede o desenvolvimento dos países com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita--, o Brasil é o 65º país do ranking mundial.
"Pelo IDH, o Brasil estava entre o 1/3 dos países melhores colocados. Pelo IES, o Brasil fica dentro do 1/3 dos países com pior resultado", disse o economista Marcio Pochmann, que lança amanhã durante a 11ª Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) o livro "A exclusão no mundo".
Segundo ele, o IES mede outros indicadores de exclusão que não são detectados pelo IDH, como pobreza, desemprego, desigualdade social, alfabetização, escolarização superior, homicídios e população infantil. "O Brasil teve um crescimento econômico pífio nos últimos anos. Como explicar sua melhora de posição no IDH? O IDH mede alguns fatores, como a escolaridade, que melhoram naturalmente, independentemente de outros fatores de qualidade de vida."
Desigualdade e desemprego
Pochmann disse os fatores que puxaram para baixo o IES do Brasil foram a desigualdade social, violência e desemprego.
Nesses quesitos, o Brasil ocupa a 167ª posição no ranking de desigualdade, está em 161º lugar no de homicídios e em 99º colocação em desemprego. "Somos a 15ª economia do mundo e no ranking de exclusão estamos em 109º lugar. Temos o quarto maior PIB da América, mas somos o 28º em exclusão", afirmou Pochmann.
Para o economista, os dados sobre a exclusão mundial poderão ser usados na elaboração de políticas sociais de combate à pobreza, redução da desigualdade social e geração de emprego e renda.
"É preciso ter crescimento econômico para reduzir esses problemas. Mas só crescimento econômico não basta. É preciso crescer com igualdade e inclusão social para melhorar as condições de vida da população", afirmou o economista.
O livro --o quarto da série "Atlas da Exclusão Social", da Cortez Editora-- elabora um ranking de exclusão social com 175 países.
Pelo IES, os melhores países em inclusão social são o Canadá (1º), Japão (2º) e Finlândia. Os piores são a Namíbia (173º), Lesoto (174º) e Honduras (175º).
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