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16/06/2004
-
17h00
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O mundo tem 2,14 bilhões de pessoas excluídas socialmente. Essa população de excluídos vive em 60 países com os piores índices de exclusão social. Esses países, que concentram 35,5% da população mundial, detêm apenas 11,1% de toda a riqueza produzida no mundo.
No lado oposto, 871,7 milhões de pessoas, ou seja, só 14,4% da população global, possui 52,1% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, estimado em US$ 45 trilhões.
Os dados fazem parte do livro "A exclusão no mundo", que será lançado amanhã na 11ª Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).
"O número de excluídos pode ser muito maior, já que existem diferenças nos países. Existem excluídos em países com baixa exclusão social e incluídos em países com elevada exclusão", disse o economista Marcio Pochmann, um dos organizadores do livro.
O livro --que faz um ranking de inclusão social com 175 países, onde moram 6,05 bilhões da população mundial de 6,2 bilhões de pessoas-- cria o IES (Índice de Exclusão Social).
Diferentemente do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organizações das Nações Unidas), o IES mede outros indicadores para medir a inclusão social, como pobreza, desemprego, desigualdade social, alfabetização, escolarização superior, homicídios e população infantil.
Já o IDH mede o desenvolvimento dos países com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita.
Pelo ranking mundial de exclusão social, o Brasil está em 109º lugar, atrás de países como a Albânia (97º), Gana (102º) e Mongólia (106º).
"Somos a 15ª economia do mundo e ocupamos o 109º lugar no ranking de exclusão. Temos o quarto maior PIB da América, mas somos o 28º em exclusão", disse Pochmann.
Segundo ele, o IDH não consegue medir a nova exclusão social. "O IDH consegue identificar a velha exclusão social. Mas a superação da velha exclusão não melhora a inclusão social atual."
"O Brasil não conseguiu ainda resolver problemas da velha exclusão social e pouco está preparado para solucionar os problemas da nova exclusão social", Pochmann.
Divisão entre países
Mais da metade de toda a riqueza mundial está concentrada em 28 países. Esses 28 países detêm 52,1% do PIB (Produto Interno Bruto), estimado em US$ 45 trilhões. No lado oposto, 147 países possuem apenas 47,9% da riqueza mundial.
De acordo com o livro, os 28 países mais ricos do mundo têm as melhores colocações no IES. No ranking mundial, os países com menor índice de exclusão social são o Canadá (1º), Japão (2º) e Finlândia (3º).
Outros 60 países --que detém 11,1% do PIB mundial-- estão entre os últimos no ranking mundial de IES. Entre os piores estão a Namíbia (173º), Lesoto (174º) e Honduras (175º).
Há 87 países com IES intermediário, que detêm 36,8% da riqueza mundial.
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Desigualdade coloca Brasil em 109º lugar no ranking mundial de exclusão
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Mundo tem 2,1 bilhões de excluídos sociais
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da Folha Online
O mundo tem 2,14 bilhões de pessoas excluídas socialmente. Essa população de excluídos vive em 60 países com os piores índices de exclusão social. Esses países, que concentram 35,5% da população mundial, detêm apenas 11,1% de toda a riqueza produzida no mundo.
No lado oposto, 871,7 milhões de pessoas, ou seja, só 14,4% da população global, possui 52,1% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial, estimado em US$ 45 trilhões.
Os dados fazem parte do livro "A exclusão no mundo", que será lançado amanhã na 11ª Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).
"O número de excluídos pode ser muito maior, já que existem diferenças nos países. Existem excluídos em países com baixa exclusão social e incluídos em países com elevada exclusão", disse o economista Marcio Pochmann, um dos organizadores do livro.
O livro --que faz um ranking de inclusão social com 175 países, onde moram 6,05 bilhões da população mundial de 6,2 bilhões de pessoas-- cria o IES (Índice de Exclusão Social).
Diferentemente do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU (Organizações das Nações Unidas), o IES mede outros indicadores para medir a inclusão social, como pobreza, desemprego, desigualdade social, alfabetização, escolarização superior, homicídios e população infantil.
Já o IDH mede o desenvolvimento dos países com base na expectativa de vida, no nível educacional e na renda per capita.
Pelo ranking mundial de exclusão social, o Brasil está em 109º lugar, atrás de países como a Albânia (97º), Gana (102º) e Mongólia (106º).
"Somos a 15ª economia do mundo e ocupamos o 109º lugar no ranking de exclusão. Temos o quarto maior PIB da América, mas somos o 28º em exclusão", disse Pochmann.
Segundo ele, o IDH não consegue medir a nova exclusão social. "O IDH consegue identificar a velha exclusão social. Mas a superação da velha exclusão não melhora a inclusão social atual."
"O Brasil não conseguiu ainda resolver problemas da velha exclusão social e pouco está preparado para solucionar os problemas da nova exclusão social", Pochmann.
Divisão entre países
Mais da metade de toda a riqueza mundial está concentrada em 28 países. Esses 28 países detêm 52,1% do PIB (Produto Interno Bruto), estimado em US$ 45 trilhões. No lado oposto, 147 países possuem apenas 47,9% da riqueza mundial.
De acordo com o livro, os 28 países mais ricos do mundo têm as melhores colocações no IES. No ranking mundial, os países com menor índice de exclusão social são o Canadá (1º), Japão (2º) e Finlândia (3º).
Outros 60 países --que detém 11,1% do PIB mundial-- estão entre os últimos no ranking mundial de IES. Entre os piores estão a Namíbia (173º), Lesoto (174º) e Honduras (175º).
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