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30/08/2004 - 13h30

AmBev e Interbrew querem vender Brahma do "Alasca à Patagônia"

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A Brahma deve ser a primeira marca da AmBev a entrar com força no mercado americano de cervejas, pois passa a integrar o portfólio de marcas da belga Interbrew. Na sexta-feira passada (27), as duas companhias concluíram a troca de ações e a incorporação da canadense Labatt pela AmBev.

"Com o negócio, poderemos vender cerveja do Alasca à Patagônia. Hoje, só vendemos da Guatemala para baixo", diz o gerente de relações com investidores da AmBev, Pedro Aidar, em referência também às operações da empresa na Argentina, Chile e outros países da América do Sul e Central.

Ele afirma que o interesse é conquistar o mercado de cervejas importadas nos EUA, hoje responsável por 20% do fornecimento da bebida no país. A Interbrew atua nesse segmento com suas marcas européias (como Beck's, alemã, Stella Artois, belga) e as marcas da canadense Labatt.

"Agora, o portfólio terá as marcas latinas da AmBev", diz Aidar.

Não há oficialmente cronograma de lançamento da Brahma nos EUA. Ele diz que a Brahma é a marca "número 1" do portfólio internacional da AmBev, que "há grande probabilidade" de ser a primeira a entrar nos EUA. Mas ressalva a necessidade de estudos de mercado: "É preciso encontrar a embalagem e a mensagem adequada. Tem de fazer sentido para o consumidor."

Quanto ao acesso ao mercado do México, onde a Femsa domina com a marca Sol, a AmBev ainda não tem uma estratégia definida, o que permite o diretor da AmBev citar que pode ser por meio de aquisições ou parcerias com engarrafadores de refrigerantes.

Em maio, a Femsa se manifestou dizendo que não teria interesse de participar da aliança da AmBev com a Interbrew. A mexicana desistiu de contestar a operação na Justiça dos EUA e fez acordo com os belgas, no qual a Labatt, subsidiária da Interbrew, vendeu sua fatia na Femnsa Cerveza (30%) para o grupo Femsa por US$ 1,245 milhões. Além disso, a subsidiária norte-americana da Labatt, a Labatt USA, renunciou a seus direitos de distribuição nos EUA das marcas fabricadas pela Femsa Cerveja.

Mudanças

Nesta segunda-feira, a AmBev informou algumas mudanças no organograma da empresa por conta da conclusão de sua aliança com os belgas.

A AmBev terá dois co-diretores gerais, Carlos Brito para a América do Norte e Luiz Fernando Edmond para a América Latina. Eles vão se reportar ao conselho de administração da AmBev, sediado no Brasil.

Carlos Brito ingressou na AmBev em 1989, tendo assumido diversas posições nos departamentos financeiro, de operações e de vendas, antes de ser nomeado diretor geral da AmBev em janeiro de 2004.

Luiz Fernando Edmond é o atual diretor de vendas da companhia. Ele ingressou na AmBev em 1990, na primeira turma do programa de trainees, tendo assumido diversas posições nas áreas de distribuição, comercial e de operações.

Ambos co-diretores gerais também serão membros do conselho executivo de gestão da InBev, liderado por John Brock.

Luis Felipe Dutra Leite assumirá a posição de diretor financeiro da InBev. Luis Felipe Dutra ingressou na AmBev em 1990, no departamento Financeiro, sendo nomeado para seu cargo atual de diretor financeiro da companhia em 2000.

Luiz Felipe será substituído por João Castro Neves, atual diretor de refrigerantes e bebidas não-alcoolicas e não-carbonatadas. João Castro Neves ingressou na AmBev em 1996 e assumiu diversas posições na diretoria financeira da empresa, incluindo a gerência de fusões e aquisições.

Cláudio Garcia foi nomeado diretor de TI e serviços da InBev. Cláudio Garcia ingressou na AmBev como trainee em 1991, tendo assumido diversas posições em finanças e operações antes de ser nomeado para sua posição atual de diretor de TI e serviços compartilhados da AmBev em 2002.

Todas as mudanças na administração aqui anunciadas serão efetivadas a partir do próximo dia 1º. de janeiro. A empresa planeja anunciar os sucessores das posições em aberto por causa das mudanças mencionadas em "prazo apropriado".

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