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09/09/2004
-
13h35
JANAÍNA LAGE
da Folha Online, no Rio
O ministro do Planejamento, Guido Mantega, descartou hoje elevações drásticas na taxa básica de juros brasileira (Selic). 'Não vamos influenciar o Copom [Comitê de Política Monetária, do Banco Central], eles vão ser suaves nas suas decisões', afirmou.
O Copom se reúne na próxima semana para decidir uma possível alteração na taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). Nas atas das últimas reuniões, o comitê sinalizou que em breve pode elevar os juros, que hoje estão em 16% ao ano. O mercado, entretanto, ainda está dividido sobre a possibilidade de um aumento já na próxima semana.
Mantega disse que não faria comentários sobre o resultado da reunião deste mês, mas minimizou o impacto de uma eventual mudança nos juros sobre o crescimento econômico. De acordo com o ministro, o crescimento para este ano será superior a 4%. 'Prefiro ser prudente para não animar muito o mercado', afirmou.
O ministro reconheceu que houve uma elevação dos índices de inflação nos últimos meses, mas afirmou que a inflação permanece dentro da meta. 'Não sei se haverá necessidade ou não [de mexer nos juros]', disse.
Apesar do resultado do IGP-DI (Índice Geral de Preços do Mercado) bastante acima das previsões, o ministro afirmou que a inflação permanece sob controle. O índice apurou alta de 1,31% ante uma expectativa do mercado de alta de só 0,92%.
Segundo Mantega, o resultado reflete pressões pontuais de preços administrados e a variação do preço do petróleo. 'Não acredito em remarcação generalizada, dentro da estrutura produtiva existem freios naturais', disse.
O ministro também voltou a falar sobre o papel das PPP (Parcerias Público-Privada) como forma de ampliar o investimento em infra-estrutura e garantir o crescimento sustentado nos próximos anos. 'A opinião pública brasileira, o que inclui os parlamentares, já se conscientizou da necessidade de aprovar a PPP', disse.
Bens de capital
Mantega mencionou o crescimento pelo quinto mês consecutivo da produção industrial. O resultado foi divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar da expansão de 9,6% na comparação com julho do ano passado, em junho a indústria havia crescido 13% nos mesmos termos de comparação. 'Houve uma desaceleração, mas não dava para manter 13%, teríamos um desequilíbrio na estrutura produtiva', disse.
Sobre a redução de 1,1% dos bens de capital após quatro meses de expansão, o ministro afirmou tratar-se de um 'ajuste técnico'. Mantega lembrou que o setor de bens de capital foi o que registrou o maior crescimento no primeiro semestre e que em razão da formação de estoques e da antecipação de demandas, o ajuste seria natural.
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da Folha Online, no Rio
O ministro do Planejamento, Guido Mantega, descartou hoje elevações drásticas na taxa básica de juros brasileira (Selic). 'Não vamos influenciar o Copom [Comitê de Política Monetária, do Banco Central], eles vão ser suaves nas suas decisões', afirmou.
O Copom se reúne na próxima semana para decidir uma possível alteração na taxa básica de juros da economia brasileira (Selic). Nas atas das últimas reuniões, o comitê sinalizou que em breve pode elevar os juros, que hoje estão em 16% ao ano. O mercado, entretanto, ainda está dividido sobre a possibilidade de um aumento já na próxima semana.
Mantega disse que não faria comentários sobre o resultado da reunião deste mês, mas minimizou o impacto de uma eventual mudança nos juros sobre o crescimento econômico. De acordo com o ministro, o crescimento para este ano será superior a 4%. 'Prefiro ser prudente para não animar muito o mercado', afirmou.
O ministro reconheceu que houve uma elevação dos índices de inflação nos últimos meses, mas afirmou que a inflação permanece dentro da meta. 'Não sei se haverá necessidade ou não [de mexer nos juros]', disse.
Apesar do resultado do IGP-DI (Índice Geral de Preços do Mercado) bastante acima das previsões, o ministro afirmou que a inflação permanece sob controle. O índice apurou alta de 1,31% ante uma expectativa do mercado de alta de só 0,92%.
Segundo Mantega, o resultado reflete pressões pontuais de preços administrados e a variação do preço do petróleo. 'Não acredito em remarcação generalizada, dentro da estrutura produtiva existem freios naturais', disse.
O ministro também voltou a falar sobre o papel das PPP (Parcerias Público-Privada) como forma de ampliar o investimento em infra-estrutura e garantir o crescimento sustentado nos próximos anos. 'A opinião pública brasileira, o que inclui os parlamentares, já se conscientizou da necessidade de aprovar a PPP', disse.
Bens de capital
Mantega mencionou o crescimento pelo quinto mês consecutivo da produção industrial. O resultado foi divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Apesar da expansão de 9,6% na comparação com julho do ano passado, em junho a indústria havia crescido 13% nos mesmos termos de comparação. 'Houve uma desaceleração, mas não dava para manter 13%, teríamos um desequilíbrio na estrutura produtiva', disse.
Sobre a redução de 1,1% dos bens de capital após quatro meses de expansão, o ministro afirmou tratar-se de um 'ajuste técnico'. Mantega lembrou que o setor de bens de capital foi o que registrou o maior crescimento no primeiro semestre e que em razão da formação de estoques e da antecipação de demandas, o ajuste seria natural.
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