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20/09/2004 - 10h13

Bovespa inicia semana em alta de 1,17% em dia de vencimento de opção

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O Ibovespa, índice que reúne as 55 ações mais negociadas, começa a semana em alta de 1,17%, marcando 23.072 pontos. O pregão desta segunda-feira será afetado até o começo da tarde pelo vencimento dos contratos de opções (direito de comprar ou vender um papel por um preço combinado antes), o que traz, geralmente, muitas oscilações devido aos ajustes feitos de última hora nas carteiras dos investidores.

Muitos investidores colocaram todas suas fichas na aposta de que a ação preferencial da Telemar, a principal do pregão, vai se sustentar acima de R$ 38 nesta segunda-feira, garantindo lucros para os donos de opções de compra do papel nesse preço. Na sexta-feira. Hoje, Telemar PN subiu 0,51% e fechou a R$ 39,04.

A melhora do "rating" (nota de crédito) da dívida soberana do Brasil sopra positivo para o mercado de ações e pode levar uma nova rodada de compras de papéis --principalmente pelos investidores estrangeiros. Mas a recente alta do preço do petróleo, os desdobramentos do vazamento de nomes na CPI do Banestado e a reta final das eleições municipais podem deixar o investidor retraído, precipitando um movimento de venda de ações para o embolso dos ganhos acumulados.

Na sexta-feira passada, o Ibovespa encerrou em alta de 0,86%, somando 23.073 pontos, acumulando ganhos de 5% na semana. No pregão passado, o mercado de ações não chegou a reagir ao anúncio de elevação do "rating" brasileiro feito pela agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor's) após o encerramento dos negócios, embora o rumor já circulasse durante os negócios.

A Bolsa havia caído três semanas seguidas, antecipando-se a um cenário de freio no ritmo de crescimento da economia. O temor de uma alta de juros se confirmou na última quarta-feira. A taxa subiu de 16% para 16,25% ao ano, e o Copom ainda sinalizou novas elevações neste ano.

Por outro lado, surgiram no horizonte do mercado novas especulações com potencial de animar os investidores. A principal é que o governo poderá reforçar o aperto fiscal elevando o superávit primário para além da meta de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto), com o objetivo de atenuar a necessidade de alta de juro.

Com a melhora da nota, de "B+" para "BB-", o Brasil ficou a três degraus do grupo de países classificados como "investment grade" (de melhor avaliação). Entre as justificativas do aumento da nota do país, a S&P destacou a disciplina fiscal, a retomada do crescimento e o desempenho recorde da arrecadação de impostos e da balança comercial.

Em tese, a elevação do "rating" pela S&P, ocorrida oito dias após a melhora da nota pela Moody's, deve permitir um recuo do risco-país, principal referência dos custos da tomada de empréstimos no exterior.

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