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28/09/2004
-
11h36
IVONE PORTES
da Folha Online
A ameaça do governo federal de cortar os salários dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal que estão em greve "não tem cabimento" e representa um "retrocesso ao autoritarismo", segundo o diretor-executivo da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT), Deli Soares.
"Essa ameaça nos causa repúdio. Desta forma o governo não vai controlar a greve. As ameaças só fazem os funcionários do BB se unirem ainda mais", afirmou o sindicalista.
A greve dos bancários já dura duas semanas. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 25%. A proposta patronal apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), antes do início da greve, é de reajuste salarial de 8,5%.
Tentando enfraquecer o movimento para evitar transtornos para a população às vésperas das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria decidido ontem mandar cortar o ponto dos funcionários do BB e da Caixa caso o TST (Tribunal Superior do Trabalho) julgue a paralisação abusiva.
Segundo Soares, até ontem, aproximadamente 200 mil, dos cerca 400 mil funcionários do setor bancário, estavam em greve.
"Desde o início da greve não houve proposta nem do governo nem da Fenaban. Não há negociação marcada. Estamos pedindo a reabertura das negociações para a Fenaban."
De acordo com o sindicalista, os bancários sofrem ameaças constantes. Além de confronto com a polícia, ele disse que os funcionários recebem ameaças por telefone.
Segundo informações do movimento comandado por Dirceu Travesso, do PSTU, hoje pela manhã quatro bancários foram detidos pela polícia quando protestavam em frente à agência do banco Real próxima ao Masp, na avenida Paulista, inclusive Travesso.
Porém, bancários que não aderiram à paralisação ouvidos pela Folha Online dizem que são obrigados a chegar de madrugada nos locais de trabalho para não serem impedidos de entrar nas agências por grevistas.
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Bancários dizem que ameaça de Lula é "retrocesso ao autoritarismo"
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da Folha Online
A ameaça do governo federal de cortar os salários dos bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal que estão em greve "não tem cabimento" e representa um "retrocesso ao autoritarismo", segundo o diretor-executivo da CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários, ligada à CUT), Deli Soares.
"Essa ameaça nos causa repúdio. Desta forma o governo não vai controlar a greve. As ameaças só fazem os funcionários do BB se unirem ainda mais", afirmou o sindicalista.
A greve dos bancários já dura duas semanas. Os bancários reivindicam reajuste salarial de 25%. A proposta patronal apresentada pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), antes do início da greve, é de reajuste salarial de 8,5%.
Tentando enfraquecer o movimento para evitar transtornos para a população às vésperas das eleições, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria decidido ontem mandar cortar o ponto dos funcionários do BB e da Caixa caso o TST (Tribunal Superior do Trabalho) julgue a paralisação abusiva.
Segundo Soares, até ontem, aproximadamente 200 mil, dos cerca 400 mil funcionários do setor bancário, estavam em greve.
"Desde o início da greve não houve proposta nem do governo nem da Fenaban. Não há negociação marcada. Estamos pedindo a reabertura das negociações para a Fenaban."
De acordo com o sindicalista, os bancários sofrem ameaças constantes. Além de confronto com a polícia, ele disse que os funcionários recebem ameaças por telefone.
Segundo informações do movimento comandado por Dirceu Travesso, do PSTU, hoje pela manhã quatro bancários foram detidos pela polícia quando protestavam em frente à agência do banco Real próxima ao Masp, na avenida Paulista, inclusive Travesso.
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