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28/09/2004
-
19h16
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
A greve nacional dos bancários, que entra amanhã no 15º dia, deve prosseguir por tempo indeterminado. Em assembléia realizada nesta terça-feira, a categoria decidiu manter a greve iniciada no último dia 15.
A decisão de dar continuidade ao movimento foi tomada mesmo depois das pressões feitas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva para enfraquecer a greve. Ontem, por exemplo, representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foram ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para pedir a intervenção na greve.
Os dois bancos chegaram a ameaçar pedir ao TST para julgar a greve abusiva. Se isso ocorrer, os bancos poderão cortar o ponto dos grevistas, ou seja, descontar os dias parados.
Para a CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) da CUT, instrumentos de pressão como esse só servem para fortalecer os bancários. "Esse governo já deveria saber que medidas como essa são ineficazes. Toda vez que outros governos apelaram para isso, houve uma radicalização da greve", afirmou o presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Dirceu Travesso, o governo Lula quer desrespeitar o direto constitucional de greve.
"Esse governo só tem compromisso com a lucratividade dos bancos. A política de juro alto e de elevação do superávit primário eram sinais de um governo que privilegia os bancos", disse ele, que é candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo.
Prisão
Em São Paulo, a greve será tratada em audiência de conciliação marcada para amanhã no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.
Hoje, o movimento sofreu uma nova onda de violência. Mais quatro bancários foram presos e levados para o 5º DP (Cambuci). Eles realizavam piquete em frente à agência do ABN Amro do centro.
Os bancários pedem 25% de reajuste. Os bancos ofereceram 8,5% de reajuste e mais adicional de R$ 30 para quem ganha até R$ 1.500.
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A greve nacional dos bancários, que entra amanhã no 15º dia, deve prosseguir por tempo indeterminado. Em assembléia realizada nesta terça-feira, a categoria decidiu manter a greve iniciada no último dia 15.
A decisão de dar continuidade ao movimento foi tomada mesmo depois das pressões feitas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva para enfraquecer a greve. Ontem, por exemplo, representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal foram ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para pedir a intervenção na greve.
Os dois bancos chegaram a ameaçar pedir ao TST para julgar a greve abusiva. Se isso ocorrer, os bancos poderão cortar o ponto dos grevistas, ou seja, descontar os dias parados.
Para a CNB-CUT (Confederação Nacional dos Bancários) da CUT, instrumentos de pressão como esse só servem para fortalecer os bancários. "Esse governo já deveria saber que medidas como essa são ineficazes. Toda vez que outros governos apelaram para isso, houve uma radicalização da greve", afirmou o presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas.
Para o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Dirceu Travesso, o governo Lula quer desrespeitar o direto constitucional de greve.
"Esse governo só tem compromisso com a lucratividade dos bancos. A política de juro alto e de elevação do superávit primário eram sinais de um governo que privilegia os bancos", disse ele, que é candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo.
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Em São Paulo, a greve será tratada em audiência de conciliação marcada para amanhã no TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.
Hoje, o movimento sofreu uma nova onda de violência. Mais quatro bancários foram presos e levados para o 5º DP (Cambuci). Eles realizavam piquete em frente à agência do ABN Amro do centro.
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