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12/11/2004
-
22h39
da Folha Online
O Banco Central decretou nesta noite intervenção no Banco Santos e na Santos Corretora de Câmbio e Valores.
De acordo com comunicado do BC, a intervenção se deve ao "comprometimento da situação econômico-financeira" da instituição. O BC não detalhou o grau desse comprometimento e quais dificuldades o banco enfrenta.
É o primeiro caso de intervenção do BC num banco privado desde 1998.
Segundo o BC, o banco perdeu liquidez e enfrenta agora falta de recursos, o que pode comprometer os correntistas. Também infrigiu as normas que disciplinam a atividade bancária e não observou suas determinações.
O interventor nomeado será Vânio Cesar Pickler Aguiar, chefe do Departamento de Supervisão Indireta do BC, que cuidará também das atividades da corretora.
Sediado em São Paulo, o Banco Santos é presidido por Edemar Cid Ferreira, cujos bens ficarão indisponíveis. O Banco Santos é, segundo levantamento do BC, o 21º maior banco do país, com cerca de R$ 6 bilhões em ativos, R$ 2 bilhões em depósitos e 303 funcionários.
Além de Ferreira, os diretores do banco nos últimos 12 meses também terão seus bens indisponíveis.
Mesmo com a intervenção, as agências do banco devem funcionar normalmente, e os clientes poderão continuar a sacar seu dinheiro. Caso note irregularidades ou problemas irreversíveis na instituição, o BC pode decretar sua liquidação, ou seja, suas operações podem ser definitivamente encerradas. Foi o que aconteceu no passado, por exemplo, com o Bamerindus, que teve sua intervenção anunciada em 1997 e foi liquidado em 1998.
Em caso de liquidação, ficam garantidos apenas os depósitos feitos em conta corrente, poupança ou CDBs (Certificados de Depósito Bancário) que não ultrapassem R$ 20 mil para cada correntista.
A própria notícia da intervenção pode fazer com que muitos dos clientes
decidam sacar seus recursos, o que agravaria a situação do banco. O BC esperou para anunciar a intervenção na noite de uma sexta-feira, véspera do feriado, para tentar evitar uma corrida às agências da instituição.
A Folha Online não conseguiu falar com os controladores do banco para comentar a notícia. O BC deve detalhar neste sábado os motivos que levaram à intervenção do Banco Santos.
Colaborou NEY HAYASHI DA CRUZ, da Folha de S.Paulo, em Brasília
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Banco Santos
Banco Central decreta intervenção no Banco Santos
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O Banco Central decretou nesta noite intervenção no Banco Santos e na Santos Corretora de Câmbio e Valores.
De acordo com comunicado do BC, a intervenção se deve ao "comprometimento da situação econômico-financeira" da instituição. O BC não detalhou o grau desse comprometimento e quais dificuldades o banco enfrenta.
É o primeiro caso de intervenção do BC num banco privado desde 1998.
Segundo o BC, o banco perdeu liquidez e enfrenta agora falta de recursos, o que pode comprometer os correntistas. Também infrigiu as normas que disciplinam a atividade bancária e não observou suas determinações.
O interventor nomeado será Vânio Cesar Pickler Aguiar, chefe do Departamento de Supervisão Indireta do BC, que cuidará também das atividades da corretora.
Sediado em São Paulo, o Banco Santos é presidido por Edemar Cid Ferreira, cujos bens ficarão indisponíveis. O Banco Santos é, segundo levantamento do BC, o 21º maior banco do país, com cerca de R$ 6 bilhões em ativos, R$ 2 bilhões em depósitos e 303 funcionários.
Além de Ferreira, os diretores do banco nos últimos 12 meses também terão seus bens indisponíveis.
Mesmo com a intervenção, as agências do banco devem funcionar normalmente, e os clientes poderão continuar a sacar seu dinheiro. Caso note irregularidades ou problemas irreversíveis na instituição, o BC pode decretar sua liquidação, ou seja, suas operações podem ser definitivamente encerradas. Foi o que aconteceu no passado, por exemplo, com o Bamerindus, que teve sua intervenção anunciada em 1997 e foi liquidado em 1998.
Em caso de liquidação, ficam garantidos apenas os depósitos feitos em conta corrente, poupança ou CDBs (Certificados de Depósito Bancário) que não ultrapassem R$ 20 mil para cada correntista.
A própria notícia da intervenção pode fazer com que muitos dos clientes
decidam sacar seus recursos, o que agravaria a situação do banco. O BC esperou para anunciar a intervenção na noite de uma sexta-feira, véspera do feriado, para tentar evitar uma corrida às agências da instituição.
A Folha Online não conseguiu falar com os controladores do banco para comentar a notícia. O BC deve detalhar neste sábado os motivos que levaram à intervenção do Banco Santos.
Colaborou NEY HAYASHI DA CRUZ, da Folha de S.Paulo, em Brasília
Especial
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