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07/12/2004
-
10h39
PEDRO SOARES
da Folha de S.Paulo, no Rio
Com crescimento de apenas 0,7% em 2002 --abaixo da média nacional (1,9%)-- o Estado de São Paulo foi ultrapassado pelo Rio de Janeiro no ranking dos Estados com maior renda per capita do país, segundo pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Estado de São Paulo ocupava até 2001 o segundo lugar no ranking, mas caiu para terceiro, com uma renda per capita de R$ 11.353 --0,9% menor do que em 2001. O fraco desempenho do PIB de São Paulo, que em termos absolutos ainda é o maior do país, se deve à indústria, que teve queda de 0,3% --o peso do setor no Estado é de 40,6%.
Em contrapartida, o Rio foi beneficiado pela alta de 4,4% do PIB, influenciada pelo bom desempenho da indústria petrolífera. Sua renda per capita subiu 3,2%, para R$ 11.459 em 2002. O resultado foi suficiente para colocar o Estado no segundo lugar do ranking, atrás apenas do Distrito Federal, cuja renda per capita ficou em R$ 16.361.
Em 2002, a crise da Argentina e, mais no final do ano, a turbulência gerada pela eleições presidenciais afetaram a economia do país. Tais fatores afetaram, de forma mais intensa, a economia paulista.
Com o fraco crescimento de 2002, São Paulo perdeu espaço na economia do país. Sua participação no PIB cedeu de 33,4% para 32,06%. Como outros Estados cresceram mais, é o mesmo que dizer que a economia paulista 'transferiu' R$ 10,4 bilhões para outras áreas --cada 1% do PIB de 2002 corresponde a R$ 13,1 bilhões. Numa perspectiva histórica, o PIB de São Paulo perde, ano a ano, participação no total. Representava 36,1% em 1985.
De 1985 a 2002, a economia paulista cresceu 37%, menos do que a média nacional (51%). Outras economias 'maduras' e diversificadas cresceram pouco: Rio de Janeiro (33%) e Pernambuco (38%).
Já outras regiões do país com perfil mais agrícola e exportador ou Estados 'emergentes', cuja população cresce a taxas maiores, tiveram expansão maior em 2002 e no acumulado desde 1985.
Lideraram o crescimento do PIB em 2002 os Estados de Mato Grosso (9,5%) e Rondônia (9,2%). Ambos são novas fronteiras agrícolas e foram beneficiados pelo bom desempenho do agronegócio. 'Essa é a China brasileira', disse Frederico Cunha, técnico do IBGE.
No período 1995 a 2002, as maiores expansões foram registradas por Mato Grosso (258%), Amazonas (248%) e Roraima (140%).
Nordeste
A menor renda per capita ficou mais uma vez com o Maranhão (R$ 1.949), que teve um resultado um pouco abaixo do registrado pelo Piauí (R$ 2.113).
A região Nordeste perdeu participação no PIB brasileiro (de 14,1% em 1985 para 13,5% em 2002), especialmente no período de 1985 a 1995, quando sofreu com secas muito severas, segundo o IBGE.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Com crescimento de apenas 0,7% em 2002 --abaixo da média nacional (1,9%)-- o Estado de São Paulo foi ultrapassado pelo Rio de Janeiro no ranking dos Estados com maior renda per capita do país, segundo pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Estado de São Paulo ocupava até 2001 o segundo lugar no ranking, mas caiu para terceiro, com uma renda per capita de R$ 11.353 --0,9% menor do que em 2001. O fraco desempenho do PIB de São Paulo, que em termos absolutos ainda é o maior do país, se deve à indústria, que teve queda de 0,3% --o peso do setor no Estado é de 40,6%.
Em contrapartida, o Rio foi beneficiado pela alta de 4,4% do PIB, influenciada pelo bom desempenho da indústria petrolífera. Sua renda per capita subiu 3,2%, para R$ 11.459 em 2002. O resultado foi suficiente para colocar o Estado no segundo lugar do ranking, atrás apenas do Distrito Federal, cuja renda per capita ficou em R$ 16.361.
Em 2002, a crise da Argentina e, mais no final do ano, a turbulência gerada pela eleições presidenciais afetaram a economia do país. Tais fatores afetaram, de forma mais intensa, a economia paulista.
Com o fraco crescimento de 2002, São Paulo perdeu espaço na economia do país. Sua participação no PIB cedeu de 33,4% para 32,06%. Como outros Estados cresceram mais, é o mesmo que dizer que a economia paulista 'transferiu' R$ 10,4 bilhões para outras áreas --cada 1% do PIB de 2002 corresponde a R$ 13,1 bilhões. Numa perspectiva histórica, o PIB de São Paulo perde, ano a ano, participação no total. Representava 36,1% em 1985.
De 1985 a 2002, a economia paulista cresceu 37%, menos do que a média nacional (51%). Outras economias 'maduras' e diversificadas cresceram pouco: Rio de Janeiro (33%) e Pernambuco (38%).
Já outras regiões do país com perfil mais agrícola e exportador ou Estados 'emergentes', cuja população cresce a taxas maiores, tiveram expansão maior em 2002 e no acumulado desde 1985.
Lideraram o crescimento do PIB em 2002 os Estados de Mato Grosso (9,5%) e Rondônia (9,2%). Ambos são novas fronteiras agrícolas e foram beneficiados pelo bom desempenho do agronegócio. 'Essa é a China brasileira', disse Frederico Cunha, técnico do IBGE.
No período 1995 a 2002, as maiores expansões foram registradas por Mato Grosso (258%), Amazonas (248%) e Roraima (140%).
Nordeste
A menor renda per capita ficou mais uma vez com o Maranhão (R$ 1.949), que teve um resultado um pouco abaixo do registrado pelo Piauí (R$ 2.113).
A região Nordeste perdeu participação no PIB brasileiro (de 14,1% em 1985 para 13,5% em 2002), especialmente no período de 1985 a 1995, quando sofreu com secas muito severas, segundo o IBGE.
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