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07/12/2004
-
15h09
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Os sindicalistas não abrem mão de conseguir neste ano o reajuste da tabela do Imposto de Renda de pelo menos 17% e um bom reajuste para o salário mínimo.
'Não, não vamos entrar nesse jogo', disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijoó, sobre a possibilidade de abrir mão de umas das reivindicações em troca da outra.
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo neste domingo, a equipe econômica tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dar uma correção menor para a tabela do IR para poder conceder um reajuste maior ao mínimo.
Entretanto, segundo o sindicalista, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), há espaço suficiente para que o governo atenda as duas demandas.
'Há espaço no governo para as duas coisas. Por exemplo, diminuindo o superávit primário [economia de dinheiro para pagar juros], que está acima do acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional)', sugeriu o sindicalista.
Está previsto no acordo com o Fundo que o Brasil faça um superávit primário de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto). Em setembro, mesmo sem alterar o acordo, o governo decidiu economizar 4,5%.
Hoje, os sindicalistas visitaram lideranças partidárias no Congresso Nacional. Eles receberam dos congressistas a promessa de que irão se empenhar nas discussões sobre o mínimo. Uma missão irá discutir o assunto.
Amanhã, eles têm encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Para Feijoó, o governo tem sinalizado que irá mexer na tabela do IR e reajustar o mínimo, que hoje está em R$ 260. As centrais sindicais pedem R$ 320 a partir do ano que vem.
Ainda de acordo com o sindicalista, a tabela do IR precisaria sofrer um reajuste de 63% para repor a inflação dos governos FHC (39%) e Lula (17%).
'Isso significa que muita gente está pagando mais do que deveria', disse. E completou explicando que a não-correção é prejudicial à economia porque reduz o dinheiro em circulação.
'O mínimo [de reajuste da tabela do IR] é a inflação do governo Lula', reivindica.
A equipe econômica, entretanto, avalia propostas alternativas pois acredita que o aumento anual de gastos com a medida, estimado em R$ 2,7 bilhões, seria muito alto.
Esse reajuste, segundo Feijoó, faria com que em 2005 a Receita arrecadasse com esse tributo cerca de R$ 25 bilhões. Neste ano, até outubro, a arrecadação com o IR está pouco acima desse valor.
O reajuste vinculado à inflação não é uma forma de indexação na visão do sindicalista, já que não repõe todas as perdas e que hoje diversos contratos, como luz, telefone, são corrigidos por índices de inflação.
Entre os dias 13 e 15 de dezembro a CUT (Central Única dos Trabalhadores) faz a Marcha a Brasília em Defesa do Salário Mínimo.
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Os sindicalistas não abrem mão de conseguir neste ano o reajuste da tabela do Imposto de Renda de pelo menos 17% e um bom reajuste para o salário mínimo.
'Não, não vamos entrar nesse jogo', disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopez Feijoó, sobre a possibilidade de abrir mão de umas das reivindicações em troca da outra.
De acordo com reportagem publicada pela Folha de S.Paulo neste domingo, a equipe econômica tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a dar uma correção menor para a tabela do IR para poder conceder um reajuste maior ao mínimo.
Entretanto, segundo o sindicalista, ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), há espaço suficiente para que o governo atenda as duas demandas.
'Há espaço no governo para as duas coisas. Por exemplo, diminuindo o superávit primário [economia de dinheiro para pagar juros], que está acima do acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional)', sugeriu o sindicalista.
Está previsto no acordo com o Fundo que o Brasil faça um superávit primário de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto). Em setembro, mesmo sem alterar o acordo, o governo decidiu economizar 4,5%.
Hoje, os sindicalistas visitaram lideranças partidárias no Congresso Nacional. Eles receberam dos congressistas a promessa de que irão se empenhar nas discussões sobre o mínimo. Uma missão irá discutir o assunto.
Amanhã, eles têm encontro com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Para Feijoó, o governo tem sinalizado que irá mexer na tabela do IR e reajustar o mínimo, que hoje está em R$ 260. As centrais sindicais pedem R$ 320 a partir do ano que vem.
Ainda de acordo com o sindicalista, a tabela do IR precisaria sofrer um reajuste de 63% para repor a inflação dos governos FHC (39%) e Lula (17%).
'Isso significa que muita gente está pagando mais do que deveria', disse. E completou explicando que a não-correção é prejudicial à economia porque reduz o dinheiro em circulação.
'O mínimo [de reajuste da tabela do IR] é a inflação do governo Lula', reivindica.
A equipe econômica, entretanto, avalia propostas alternativas pois acredita que o aumento anual de gastos com a medida, estimado em R$ 2,7 bilhões, seria muito alto.
Esse reajuste, segundo Feijoó, faria com que em 2005 a Receita arrecadasse com esse tributo cerca de R$ 25 bilhões. Neste ano, até outubro, a arrecadação com o IR está pouco acima desse valor.
O reajuste vinculado à inflação não é uma forma de indexação na visão do sindicalista, já que não repõe todas as perdas e que hoje diversos contratos, como luz, telefone, são corrigidos por índices de inflação.
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