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31/01/2005
-
15h15
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
O ministério do Planejamento e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgaram nota negando a possibilidade de manipulação de dados com a portaria anunciada na última sexta-feira que prevê a antecipação do fornecimento de informações de pesquisas estruturais ao governo.
Segundo a nota, a portaria tem como objetivo "organizar o fluxo de informações". De acordo com o texto, a prática é adotada por institutos de estatística de diversos países.
Para o instituto, não existe possibilidade de manipulação de dados em razão da autonomia e da fidelidade aos resultados dos técnicos e da direção do instituto. Além disso, as pesquisas já estão tabuladas, formatadas e impressas quando repassadas ao ministério.
A nota nega também qualquer tipo de censura ao IBGE e a seus servidores. O PFL acusou a mudança de censura ao instituto. A nota é assinada pelo ministro do Planejamento, Nelson Machado, e pelo presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.
Em dezembro, o instituto foi alvo de críticas depois que a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) mostrou que o excesso de peso atinge um número maior de brasileiros do que a fome. O presidente chegou a afirmar que as pessoas tinham vergonha de dizer que passavam fome, apesar da pesquisa não registrar a opinião dos entrevistados e sim as medidas de peso, altura e dados referentes à alimentação.
48 horas
Pela nova regra, as pesquisas estruturais do IBGE devem ser encaminhadas ao governo federal com uma antecedência de 48 horas antes da divulgação oficial do dados.
Entram nessa categoria a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Registro Civil e o Censo. De acordo com a assessoria do Ministério do Planejamento, o governo já recebia com antecedência os dados de estatísticas conjunturais --IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), PIB (Produto Interno Bruto), pesquisas mensais da indústria, do comércio e de emprego--, e agora a exigência passa a valer também para as estruturais.
Desde 2003, a portaria 167, editada pelo ex-ministro do Planejamento Guido Mantega, determina que o governo receba as pesquisas conjunturais com 24 horas de antecedência --o prazo anterior era de apenas duas horas.
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Especial
Leia o que já foi publicado sobre o IBGE
Leia o que já foi publicado sobre manipulação de dados
IBGE e ministério negam possibilidade de censura e manipulação de dados
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da Folha Online, no Rio
O ministério do Planejamento e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgaram nota negando a possibilidade de manipulação de dados com a portaria anunciada na última sexta-feira que prevê a antecipação do fornecimento de informações de pesquisas estruturais ao governo.
Segundo a nota, a portaria tem como objetivo "organizar o fluxo de informações". De acordo com o texto, a prática é adotada por institutos de estatística de diversos países.
Para o instituto, não existe possibilidade de manipulação de dados em razão da autonomia e da fidelidade aos resultados dos técnicos e da direção do instituto. Além disso, as pesquisas já estão tabuladas, formatadas e impressas quando repassadas ao ministério.
A nota nega também qualquer tipo de censura ao IBGE e a seus servidores. O PFL acusou a mudança de censura ao instituto. A nota é assinada pelo ministro do Planejamento, Nelson Machado, e pelo presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.
Em dezembro, o instituto foi alvo de críticas depois que a POF (Pesquisa de Orçamento Familiar) mostrou que o excesso de peso atinge um número maior de brasileiros do que a fome. O presidente chegou a afirmar que as pessoas tinham vergonha de dizer que passavam fome, apesar da pesquisa não registrar a opinião dos entrevistados e sim as medidas de peso, altura e dados referentes à alimentação.
48 horas
Pela nova regra, as pesquisas estruturais do IBGE devem ser encaminhadas ao governo federal com uma antecedência de 48 horas antes da divulgação oficial do dados.
Entram nessa categoria a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Registro Civil e o Censo. De acordo com a assessoria do Ministério do Planejamento, o governo já recebia com antecedência os dados de estatísticas conjunturais --IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), PIB (Produto Interno Bruto), pesquisas mensais da indústria, do comércio e de emprego--, e agora a exigência passa a valer também para as estruturais.
Desde 2003, a portaria 167, editada pelo ex-ministro do Planejamento Guido Mantega, determina que o governo receba as pesquisas conjunturais com 24 horas de antecedência --o prazo anterior era de apenas duas horas.
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