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08/03/2005
-
07h01
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizado a pedido da Folha Online mostra que a defasagem nos salários das mulheres é ainda maior na indústria. A Síntese dos Indicadores Sociais revelou, no início deste mês, que as mulheres ganham em média 30% a menos do que os homens, independente do nível de instrução. Na indústria, o salário das mulheres representa em média 52,18% do salário dos homens.
O resultado representa também uma inversão de um dos sensos comuns do mercado de trabalho: o de que a indústria remunera melhor o trabalhador do que o comércio. Segundo a economista do IBGE Cristiane Soares, as vagas criadas na indústria têm caráter mais formal, mas as mulheres estão mais inseridas em outras atividades. "As mulheres estão concentradas em serviços, trabalho doméstico, serviços pessoais, saúde e educação. Mesmo nos setores que são nichos do emprego feminino as mulheres recebem menos do que os homens", diz.
Dados do IBGE mostram que 49,1% das mulheres trabalham em serviços. O comércio responde por 15,9% das mulheres ocupadas e a indústria, por 12,4%. Entre os homens, a maior participação é do setor agrícola, com 24%. A indústria representa 15,8% dos homens ocupados.
O salário médio da mulher brasileira na indústria é de R$ 458,90, inferior à remuneração oferecida pelo comércio, de R$ 493,20.
A menor defasagem de salários foi verificada em outras atividades, uma categoria que engloba atividades com mão-de-obra mais especializada, como informática, serviços bancários, atividades imobiliárias e vagas em organismos internacionais. Neste caso, o salário das mulheres corresponde a 67,81% dos salários dos homens.
Segundo a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a defasagem de salários entre homens e mulheres independente do grau de escolaridade denuncia a existência de uma discriminação permanente na sociedade. "A educação é condição absolutamente necessária, mas ela não é suficiente para que as mulheres obtenham padrões salariais de igualdade com os homens", disse.
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Defasagem salarial feminina é maior na indústria, diz IBGE
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da Folha Online, no Rio
Levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizado a pedido da Folha Online mostra que a defasagem nos salários das mulheres é ainda maior na indústria. A Síntese dos Indicadores Sociais revelou, no início deste mês, que as mulheres ganham em média 30% a menos do que os homens, independente do nível de instrução. Na indústria, o salário das mulheres representa em média 52,18% do salário dos homens.
O resultado representa também uma inversão de um dos sensos comuns do mercado de trabalho: o de que a indústria remunera melhor o trabalhador do que o comércio. Segundo a economista do IBGE Cristiane Soares, as vagas criadas na indústria têm caráter mais formal, mas as mulheres estão mais inseridas em outras atividades. "As mulheres estão concentradas em serviços, trabalho doméstico, serviços pessoais, saúde e educação. Mesmo nos setores que são nichos do emprego feminino as mulheres recebem menos do que os homens", diz.
Dados do IBGE mostram que 49,1% das mulheres trabalham em serviços. O comércio responde por 15,9% das mulheres ocupadas e a indústria, por 12,4%. Entre os homens, a maior participação é do setor agrícola, com 24%. A indústria representa 15,8% dos homens ocupados.
O salário médio da mulher brasileira na indústria é de R$ 458,90, inferior à remuneração oferecida pelo comércio, de R$ 493,20.
A menor defasagem de salários foi verificada em outras atividades, uma categoria que engloba atividades com mão-de-obra mais especializada, como informática, serviços bancários, atividades imobiliárias e vagas em organismos internacionais. Neste caso, o salário das mulheres corresponde a 67,81% dos salários dos homens.
Segundo a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a defasagem de salários entre homens e mulheres independente do grau de escolaridade denuncia a existência de uma discriminação permanente na sociedade. "A educação é condição absolutamente necessária, mas ela não é suficiente para que as mulheres obtenham padrões salariais de igualdade com os homens", disse.
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