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12/04/2005 - 07h46

Inflação atinge a maior taxa em mais de 7 meses, diz Fipe

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IVONE PORTES
da Folha Online

A inflação do município de São Paulo avançou para 0,98% na primeira quadrissemana de abril --entre os dias 8 de março e 7 de abril--, segundo dados do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP).

Trata-se do maior resultado desde agosto de 2004 e pode levar o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) a fazer novos aumentos nos juros. A taxa já é maior do que a registrada no fechamento de março, que chegou a 0,79%. Já na primeira quadrissemana do mês passado, o IPC-Fipe havia ficado em 0,30%.

Nos últimos 30 dias, a maior alta foi do grupo Transportes, de 0,42%. As pressões sobre o grupo Transportes continuam a ser influenciadas pelo reajuste do ônibus municipal de São Paulo, cuja tarifa subiu de R$ 1,70 para R$ 2 no mês passado.

Apesar de haver também pressão do aumento dos remédios na inflação do município de São Paulo em abril, o coordenador da pesquisa de preços da Fipe, Paulo Picchetti, projeta recuo na taxa deste mês, que deverá ficar em torno de 0,45%.

A estimativa para abril, entretanto, considera apenas o reajuste dos medicamentos e avanços nos alimentos por conta da chuva no Sudeste e da seca no Sul do país.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o reajuste dos remédios controlados pelo governo --entre eles os de uso contínuo e antibióticos-- a partir do dia 31 de março. Neste ano, haverá três faixas de reajuste: 5,89%, 6,64% e 7,39%, conforme resolução da CMED (Câmara de Regulação de Medicamentos).

A projeção para este mês não leva em conta um possível aumento no preço do pão, por conta da alta do trigo que já supera 27% para o produtor, nem a possibilidade de alta da gasolina.

Segundo cálculos do economista da Fipe, se o preço do pão francês chegar a subir 20% como estimam as padarias, poderá haver um impacto adicional de 0,23 ponto percentual na inflação em abril.

Ainda aparecerá no índice deste mês a alta do ônibus, mas com impacto bem inferior ao verificado em março.

No mês passado, da inflação de 0,79%, 0,55 ponto percentual veio do aumento da tarifa de ônibus municipal. Em abril, a contribuição do ônibus cairá para 0,09 ponto percentual.

Os demais itens apresentaram as seguintes variações na primeira quadrissemana: Saúde (0,78%), Alimentação (0,56%), Vestuário (0,43%), Despesas Pessoais (0,27%), Educação (0,13%) e Habitação (0,13%).

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