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02/05/2005
-
14h05
da Folha Online
Produtores brasileiros de vinho reivindicam que o governo imponha barreiras à importação de concorrentes argentinos e chilenos.
Amanhã, em Brasília, haverá uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Vinicultura, Vinhos e Derivados na sede do Ministério da Agricultura. Na quarta-feira, representantes da entidade cobrarão providências imediatas do ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan.
Segundo o coordenador de Mercado da Câmara Setorial do Vinho e também vice-presidente da ABBA (Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas), Flávio João Piagentini, na pauta da reunião está a importação de forma desleal dos vinhos de baixa qualidade da Argentina em detrimento da vitivinicultura nacional e a política de cotas dos vinhos chilenos.
O objetivo é cobrar do governo medidas imediatas que possam melhorar a competitividade do vinho nacional, incentivar a importação de vinhos de alta qualidade e desacelerar a importação de vinhos excessivamente baratos, que acabam prejudicando as vendas do vinho nacional.
A Câmara Setorial do Vinho reúne representantes de toda a cadeia produtiva do vinho, incluindo viticultores, fornecedores de insumos, embalagens, cooperativas e associações ligadas ao setor.
Segundo Piagentini, o governo brasileiro tem aceitado passivamente as imposições em relação à restrição no mercado argentino, adotando o sistema de cotas de produtos brasileiros para não prejudicar a indústria local.
Piagentini, no entanto, afirma que são os próprios argentinos, junto com os chilenos, que invadem o mercado brasileiro com vinhos de má qualidade, com preços muito mais baixos e prejudicam toda a indústria de vinhos do país.
A expansão argentina já pode ser vista num nicho em que os produtores de fora não costumam concorrer no Brasil: o de vinhos de mesa.
Segundo Piagentini, os argentinos decidiram adocicar parte dos derivados de uvas viníferas para vendê-los no Brasil como vinho suave e concorrer em um segmento até então interessante apenas para os brasileiros, o de marcas populares consumido em casa.
A Câmara Setorial do Vinho deve propor na reunião com o ministro Furlan que seja alterado o critério de cobrança do imposto que hoje é de 27% por garrafa. As únicas exceções seriam a Argentina e o Chile, que teriam regras específicas. Pelas regras do Mercosul, há isenção de impostos entre esses países, mas os produtores nacionais propõem a imposição de uma cota de no máximo 300 mil caixas para a compra de vinhos que custem até US$ 24 sem cobrança de tarifas.
Acima dessa cota, a proposta é de que seja cobrado um imposto de US$ 7,20 por caixa. Vinhos com valor acima de US$ 24 seriam isentos de impostos.
Estudo feito pela Embrapa mostra que, no período entre 1996 e 2001, o consumo de vinhos finos importados cresceu ao ritmo de 3,5% ao ano no Brasil, enquanto o de marcas nacionais da mesma categoria recuou 7% ao ano.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre queixas de vinicultores brasileiros
Produtores brasileiros de vinho querem barreiras a rivais argentinos
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Produtores brasileiros de vinho reivindicam que o governo imponha barreiras à importação de concorrentes argentinos e chilenos.
Amanhã, em Brasília, haverá uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Vinicultura, Vinhos e Derivados na sede do Ministério da Agricultura. Na quarta-feira, representantes da entidade cobrarão providências imediatas do ministro do Desenvolvimento Luiz Fernando Furlan.
Segundo o coordenador de Mercado da Câmara Setorial do Vinho e também vice-presidente da ABBA (Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Alimentos e Bebidas), Flávio João Piagentini, na pauta da reunião está a importação de forma desleal dos vinhos de baixa qualidade da Argentina em detrimento da vitivinicultura nacional e a política de cotas dos vinhos chilenos.
O objetivo é cobrar do governo medidas imediatas que possam melhorar a competitividade do vinho nacional, incentivar a importação de vinhos de alta qualidade e desacelerar a importação de vinhos excessivamente baratos, que acabam prejudicando as vendas do vinho nacional.
A Câmara Setorial do Vinho reúne representantes de toda a cadeia produtiva do vinho, incluindo viticultores, fornecedores de insumos, embalagens, cooperativas e associações ligadas ao setor.
Segundo Piagentini, o governo brasileiro tem aceitado passivamente as imposições em relação à restrição no mercado argentino, adotando o sistema de cotas de produtos brasileiros para não prejudicar a indústria local.
Piagentini, no entanto, afirma que são os próprios argentinos, junto com os chilenos, que invadem o mercado brasileiro com vinhos de má qualidade, com preços muito mais baixos e prejudicam toda a indústria de vinhos do país.
A expansão argentina já pode ser vista num nicho em que os produtores de fora não costumam concorrer no Brasil: o de vinhos de mesa.
Segundo Piagentini, os argentinos decidiram adocicar parte dos derivados de uvas viníferas para vendê-los no Brasil como vinho suave e concorrer em um segmento até então interessante apenas para os brasileiros, o de marcas populares consumido em casa.
A Câmara Setorial do Vinho deve propor na reunião com o ministro Furlan que seja alterado o critério de cobrança do imposto que hoje é de 27% por garrafa. As únicas exceções seriam a Argentina e o Chile, que teriam regras específicas. Pelas regras do Mercosul, há isenção de impostos entre esses países, mas os produtores nacionais propõem a imposição de uma cota de no máximo 300 mil caixas para a compra de vinhos que custem até US$ 24 sem cobrança de tarifas.
Acima dessa cota, a proposta é de que seja cobrado um imposto de US$ 7,20 por caixa. Vinhos com valor acima de US$ 24 seriam isentos de impostos.
Estudo feito pela Embrapa mostra que, no período entre 1996 e 2001, o consumo de vinhos finos importados cresceu ao ritmo de 3,5% ao ano no Brasil, enquanto o de marcas nacionais da mesma categoria recuou 7% ao ano.
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