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24/06/2005
-
18h20
da Folha Online
A Schincariol divulgou nota hoje acusando a Ambev de ter sido autuada por irregularidades fiscais. No entanto, segundo a cervejaria, a Ambev não recebeu o mesmo tratamento dado pela Polícia Federal e Receita Federal para a Schincariol, que teve toda a sua diretoria presa na semana passada. A Schincariol é a segunda maior cervejaria do país; a primeira é a Ambev.
Em nota oficial, a Schincariol informa que causou estranheza o fato de toda a diretoria da empresa ter sido presa "no mesmo dia que o grupo faria uma defesa oral, no Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], contra a fusão entre a Interbrew e a Ambev".
No dia da prisão, o Cade aprovou por unanimidade a associação entre a cervejaria brasileira AmBev e a belga Interbrew.
A Schincariol informou ainda que vem denunciando publicamente ao Cade e à SDE (Secretaria de Direito Econômico) "as operações anticoncorrenciais da Ambev". Entre as operações citadas pela Schincariol estão "o uso de contrato de exclusividade com estabelecimentos comerciais, impedindo que esses pontos de venda comercializem produtos de outras marcas".
"Talvez, por insistir junto às autoridades que fossem estabelecidas regras mais transparentes e equilibradas para o mercado de bebidas é que o grupo Schincariol acabou sendo atacado e teve sua imagem comprometida", diz a nota da Schincariol.
A cervejaria informou ainda que causou estranheza a diferença entre o tratamento dispensado à Ambev e aquele dado para a Schincariol.
"Ao mesmo tempo em que os funcionários da empresa foram presos e acusados sem que os seus advogados tivessem o acesso aos autos por uma semana, a Ambev, com autuações fiscais da Receita Federal que chegam à soma de mais de R$ 2 bilhões, não tivesse sofrido o mesmo rigor por parte das autoridades. Uma situação que demonstra claramente a aplicação de dois pesos e duas medidas nos casos", diz nota divulgada pela Schincariol.
Procurada pela reportagem, a Ambev informou que não vai comentar as acusações da Schincariol, pois esse é "um problema entre a cervejaria e a PF e Receita".
Operação cinematográfica
Na nota, o grupo Schincariol reafirmou "repúdio à operação conjunta realizada pela Polícia Federal e Receita Federal, que resultou na prisão pelo período de 10 dias de seus diretores e funcionários".
Segundo a cervejaria, essa operação foi "um total absurdo", que "não passou de um show cinematográfico montado pelas autoridades policiais".
A cervejaria culpa ainda a exposição dessas imagens pela descontinuidade do contrato de empréstimo firmado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "Essas atitudes irresponsáveis, que mancham a imagem da empresa, poderão prejudicar futuramente a contratação de novos financiamentos com o BNDES, acarretando com isso uma paralisação no projeto de crescimento, como a abertura de novas fábricas e geração de empregos."
A Schincariol informou ainda que "não existe nos autos do inquérito nenhum elemento que justifique a prisão temporária dos nossos colaboradores". "A empresa sequer foi autuada pelo Fisco em decorrência dessa operação, desconhecendo-se por completo quais as infrações fiscais e tributárias eventualmente imputadas à empresa", diz a nota.
Na nota, o grupo diz que já passou por momentos difíceis, como a morte de seu fundador, Nelson Schincariol, assassinado em 2003. "E sempre teve a capacidade de superar os obstáculos. A empresa e seus colaboradores asseguram aos seus consumidores e clientes que vão vencer mais esta difícil etapa, permitindo que o grupo retome o desenvolvimento econômico."
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A Schincariol divulgou nota hoje acusando a Ambev de ter sido autuada por irregularidades fiscais. No entanto, segundo a cervejaria, a Ambev não recebeu o mesmo tratamento dado pela Polícia Federal e Receita Federal para a Schincariol, que teve toda a sua diretoria presa na semana passada. A Schincariol é a segunda maior cervejaria do país; a primeira é a Ambev.
Em nota oficial, a Schincariol informa que causou estranheza o fato de toda a diretoria da empresa ter sido presa "no mesmo dia que o grupo faria uma defesa oral, no Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica], contra a fusão entre a Interbrew e a Ambev".
No dia da prisão, o Cade aprovou por unanimidade a associação entre a cervejaria brasileira AmBev e a belga Interbrew.
A Schincariol informou ainda que vem denunciando publicamente ao Cade e à SDE (Secretaria de Direito Econômico) "as operações anticoncorrenciais da Ambev". Entre as operações citadas pela Schincariol estão "o uso de contrato de exclusividade com estabelecimentos comerciais, impedindo que esses pontos de venda comercializem produtos de outras marcas".
"Talvez, por insistir junto às autoridades que fossem estabelecidas regras mais transparentes e equilibradas para o mercado de bebidas é que o grupo Schincariol acabou sendo atacado e teve sua imagem comprometida", diz a nota da Schincariol.
A cervejaria informou ainda que causou estranheza a diferença entre o tratamento dispensado à Ambev e aquele dado para a Schincariol.
"Ao mesmo tempo em que os funcionários da empresa foram presos e acusados sem que os seus advogados tivessem o acesso aos autos por uma semana, a Ambev, com autuações fiscais da Receita Federal que chegam à soma de mais de R$ 2 bilhões, não tivesse sofrido o mesmo rigor por parte das autoridades. Uma situação que demonstra claramente a aplicação de dois pesos e duas medidas nos casos", diz nota divulgada pela Schincariol.
Procurada pela reportagem, a Ambev informou que não vai comentar as acusações da Schincariol, pois esse é "um problema entre a cervejaria e a PF e Receita".
Operação cinematográfica
Na nota, o grupo Schincariol reafirmou "repúdio à operação conjunta realizada pela Polícia Federal e Receita Federal, que resultou na prisão pelo período de 10 dias de seus diretores e funcionários".
Segundo a cervejaria, essa operação foi "um total absurdo", que "não passou de um show cinematográfico montado pelas autoridades policiais".
A cervejaria culpa ainda a exposição dessas imagens pela descontinuidade do contrato de empréstimo firmado com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). "Essas atitudes irresponsáveis, que mancham a imagem da empresa, poderão prejudicar futuramente a contratação de novos financiamentos com o BNDES, acarretando com isso uma paralisação no projeto de crescimento, como a abertura de novas fábricas e geração de empregos."
A Schincariol informou ainda que "não existe nos autos do inquérito nenhum elemento que justifique a prisão temporária dos nossos colaboradores". "A empresa sequer foi autuada pelo Fisco em decorrência dessa operação, desconhecendo-se por completo quais as infrações fiscais e tributárias eventualmente imputadas à empresa", diz a nota.
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