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13/07/2005 - 13h25

Novo ministro descarta criar padrão brasileiro para TV digital

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O novo ministro das Comunicações, Hélio Costa, descartou hoje a possibilidade de criação de um padrão brasileiro de TV digital. A idéia de desenvolver um padrão próprio no país foi defendida pelo primeiro ministro das Comunicações do governo Lula, Miro Teixeira.

"Lamentavelmente eu confesso que nós não temos condições de fazer um padrão digital", disse o ministro, ao comentar que desenvolver um padrão tecnológico próprio seria como "reinventar a roda".

Segundo Costa, o padrão norte-americano custou cerca de US$ 2,8 bilhões e o japonês, US$ 3 bilhões. Por isso, o Brasil não teria condições de fazer o investimento.

O ministro pretende organizar nos próximos dois meses um encontro com os ministros da área de comunicações de todo o hemisfério. Segundo ele, é preciso discutir o assunto de forma ampla principalmente porque o Brasil provavelmente irá influenciar grande parte da América Latina.

"Como principal país do bloco latino-americano, tenho a impressão de que, ao decidir, o Brasil possa marcar a decisão da América Latina", avaliou.

Além do debate com os ministros, Costa também voltará a negociar com os representantes dos padrões norte-americano (ATSC, que privilegia a alta definição), japonês (ISDB, também focado na alta definição com recepção móvel e portátil) e o europeu (DVB, com foco à multiprogramação, a interatividade e novos serviços).

Modelo brasileiro

Questionado se estaria descartando a proposta defendida no governo anteriormente, Hélio Costa afirmou que talvez seu antecessor, Miro Teixeira, não tenha sido bem entendido. "Penso que não foi a intenção do ministro Miro", disse Costa.

Segundo o novo ministro, as pesquisas que vem sendo desenvolvidas por diversas instituições, e que deverão ficar prontas até dezembro deste ano com financiamento público, apresentarão como resultado um modelo de negócios brasileiro e de convergência, e não um padrão tecnológico.

O resultado desse trabalho de pesquisa servirá para preparar a transição tecnológica da TV analógica para a digital dentro da realidade nacional, na avaliação do ministro.

O ministro sinalizou ainda que a escolha brasileira tenderá a não privilegiar a alta definição imediatamente, e que deverá destacar a função social e educacional da nova tecnologia. "Não é necessariamente o que nós vamos fazer amanhã", afirmou referindo-se à recepção em alta definição.

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