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19/07/2005 - 17h11

Furlan e Serra trocam críticas sobre cotação do dólar

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CLARICE SPITZ
SIMONE HARNIK
da Folha Online e Folha de S.Paulo

O prefeito José Serra e o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) trocaram farpas sobre o câmbio nesta terça-feira durante a abertura da Francal (Feira Internacional de Calçados e Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes), no pavilhão do Anhembi, em São Paulo.

Serra disse que é preciso "quebrar o ciclo vicioso entre juros siderais e real sobrevalorizado" que, segundo ele, têm efeitos diretos na queda de empregos.

"Precisamos de uma política macroeconômica não só ajustada ao crescimento econômico, mas ao fator exportador. Não há produtividade, investimento e eficiência que consiga ganhar a corrida do câmbio", afirmou.

Serra fez ainda ironias e disse que era necessário uma Lei de Responsabilidade Cambial em vez da Lei de Responsabilidade Fiscal.

O governador Geraldo Alckmin fez coro às críticas sobre o câmbio. "Eles [os números da exportação] não caíram, estão crescendo. Mas se formos verificar, os setores com maior sensibilidade já estão afetados. E são os essenciais para o emprego e renda. Só o pólo da Franca deixou de fabricar 6 milhões de sapatos."

Furlan rebateu as críticas e disse que não era economista e estava apenas "na metade do terceiro ano primário em política".

"Eu sei que Serra tem muito mais experiência do que eu sobre a questão do câmbio porque além de ser economista, professor, ele foi ministro na época em que o câmbio foi muito valorizado", afirmou ele em relação aos primeiro mandato do governo FHC, quando o real chegou a valer mais que um dólar.

Furlan afirmou ainda: "Lembro da visita que o ministro Ricupero [Rubens, então ministro da Fazenda] fez em agosto de 1994 à diretoria da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) quando disse que [o câmbio] era uma questão transitória que seria resolvida em no máximo em 90 dias. Os 90 dias viraram quatro anos e esse filme já passou para todos nós", afirmou.

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